Saci Pererê
A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante
a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam
as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu
nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões
do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão
enquanto que em outros lugares ele é visto como um
ser maligno.
É uma criança, um negrinho de uma perna só
que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça
vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o
de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de
Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno
e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos
vermelhos. Ele também se transforma numa ave chamada
Matiaperê cujo assobio melancólico dificílmente
se sabe de onde vem. Ele adora fazer pequenas travessuras,
como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar
sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos,
etc.
Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho
de vento existe um Saci. Ele não atravessa córregos
nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar
cordas com nós em sem caminho que ele vai parar para
desatar os nós, deixando que a pessoa fuja. Diz a lenda
que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário
de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo, e se
conseguir sua carapuça, será recompensado com
a realização de um desejo.
Origem: Século XVIII em Portugal, depois Minas
e São Paulo.
Fonte: Folclore Brasileiro Ilustrado: Lenda do Saci Pererê
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