Escolas suspendem leitura sobre Harry Potter
Dezembro de 2000
O sucesso das histórias do aprendiz de feiticeiro Harry Potter não é unânime. Algumas escolas são contrárias ao tratamento que o tema magia recebe nos livros de J.K. Rowling.
Na Austrália, a escola Christian Outreach College de Queensland proibiu em sua biblioteca a série sobre o bruxinho Harry Potter. Um dos maiores fenômenos de venda no mundo, com mais de 50 milhões de volumes comercializados, foi considerado violento pelo diretor da instituição, Chas Gullo. Escolas cristãs da Inglaterra também proibiram esses livros por entenderem que eles propagam a bruxaria, opondo-se às crenças religiosas.
No Brasil, a primeira instituição a deixar de utilizar os livros de Harry Potter foi a escola judaica Beit Chabad, de Porto Alegre. De acordo com a diretora da Beit Chabad, Miriam Liberow, os livros não foram proibidos ou barrados, mas simplesmente não fazem parte do currículo por não estarem "relacionados aos ensinamentos do judaísmo".
A interrupção dos trabalhos com os livros da escocesa J.K. Rowling aconteceu em setembro de 2000 porque uma das professoras deixou de submeter o conteúdo dos livros à direção da Beit Chabad. "Somos uma escola judaica e a professora começou o trabalho antes de passar pela direção. Não tínhamos maior conhecimento do livro, que não fecha com os princípios judaicos. O livro do Harry Potter não interessa à questão judaica", ressaltou Miriam Liberow.
Apesar de recusar a presença de Harry Potter na sala de aula, Miriam declara que não há nenhum interesse em proibir ou banir informação dos alunos.
Fonte: Redação Terra
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