HP e a Câmara Secreta ganha nove minutos a mais de ação
Quarta, 13 de novembro de 2002
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Harry Potter e Rony Weasley encostam Gilderoy
Lockhart na parede.
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Harry Potter e a Câmara Secreta, o segundo filme da série do bruxinho mais famoso do planeta, traz a saga de Harry Potter em seu segundo ano na Escola da Magia e Bruxaria de Hogwarts, na Inglaterra. A estréia nacional acontece no próximo dia 22.
Louco para voltar para a escola, depois de um verão enfadonho na casa dos Dursley, ao lado de seus tios "trouxas" e do primo Duda, Harry não acredita que não tenha recebido nenhuma carta de seus inseparáveis amigos, Rony Weasley e Hermione Granger.
Tudo ganha um ritmo frenético no dia de seu aniversário. Os tios prendem o garoto para realizar um jantar de negócios em casa e quando Harry sobe para o quarto descobre um elfo doméstico em sua cama. O esquisito bichinho o avisa de um perigo mortal que o espera na escola se voltar para lá. Harry não admite passar o resto de seus dias ao lado dos parentes que não aceitam que ele seja um bruxo e resolve desafiar o perigo. Sem comida e preso no quarto, Harry é salvo em um carro voador pelo amigo Rony.
Não parece, mas Cris Columbus soube aproveitar os nove minutos a mais que conquistou nesta segunda edição. O diretor, que também dirigiu o primeiro filme, apostou no humor para dar mais leveza ao roteiro. Tio Valter leva um tombo da janela ao tentar prender Harry em casa e evitar que o menino volte para aquela "droga de escola".
A manutenção de boa parte da equipe e do elenco deu ainda mais cadência à história. Claro que muitas partes do livro de J.K. Rowling são emitidas ou ligeiramente mudadas, mas quem não leu o livro não perceberá.
Uma das melhores cenas do filme no quesito perfeição e detalhismo é da casa de Rony. Como no livro, a casa é simples, desmantelada, mas extremamente aconchegante aos olhos de Harry, que se vê em uma família e paparicado por todos. Rony acho o lugar feio e simples. Já Harry vê o lugar cheio de magia, falta de dinheiro, bagunças e brigas como um verdadeiro lar.
Dobby, mais uma vez, entra em cena ao não permitir que Harry embarque para o seu segundo ano na escola dos bruxos. A cena tão esperada pelos fãs do bruxinho então acontece. Rony rouba o carro voador de seu pai e segue com Harry rumo a Hogwarts. Quando os dois tentam checar se estão seguindo mesmo o trem, descobrem que estão sobre os trilhos, com o trem em seu encalço. As feições de desespero e companheirismo para salvar Harry do perigo de cair fora do carro são marcantes. Até mesmo a brava Edwiges, a coruja de Harry, mostra apreensão e braveza ao ver a arte dos meninos.
A chegada a Hogwarts é vista com bons olhos pelos garotos. Harry agora é mais famoso, depois de ter vencido, mais uma vez, Lord Voldemort, o bruxo mal que matou seus pais. O filme, aliás, não explica tanto como no primeiro filme e, por isso, sobra mais tempo para ação e muitos risos.
A grata surpresa deste filme é Kenneth Branagh. O premiado ator inglês aceitou interpretar Gilderoy Lockhart, o professor de Artes da Trevas, vaidoso e charlatão. Kenneth conseguiu captar a alma vaidosa e fútil de Lockhart a ponto de arrancar boas piadas do público, mesmo nos momentos de maior tensão.
No primeiro filme, Harry e seus amigos tiveram de salvar a Pedra Filosofal e evitar que Voldemort ganhasse novamente vida. Nesta segunda fase, a turma tem de descobrir a Câmara Secreta e impedir que alunos morram e que a escola seja fechada. Vale lembrar que este quesito é principalmente importante para Harry, sem escola o garoto teria de viver para sempre ao lado dos Dursley.
Antes de qualquer coisa, A Câmara Secreta é uma evolução pessoal e profissional dos atores mirins. Harry, Hermione e Rony cresceram fisicamente e também na interpretação. Fica claro o desejo dos adolescentes em mostrar que os principais valores são a amizade, o amor e a determinação. Mesmo que a história seja um tema tão banal: o mundo ideal.
Silvia Marconato/Redação Terra
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