Pottermania estimula vendas de Natal na Grã-Bretanha
Quinta-feira, 08 de novembro de 2001
Pais e mães podem chiar por terem que gastar para equipar seus filhos com as últimas novidades em matéria de parafernália Harry Potter, mas sua corrida às lojas pode representar justamente a injeção de ânimo de que o setor varejista britânico tanto precisa.
Quase 20 por cento da população britânica tem menos de 14 anos de idade, e isso pode se traduzir em mais de 11 milhões de jovens fregueses ansiosos por conseguir a colcha, o pijama e o livro de encantamentos e feitiços de Harry Potter, sem falar em sua capa e sua vassoura mágica (seja Nibums 2000 ou a Firebolt).
Os pais que não querem ou não podem gastar tanto talvez tranqüilizem seus filhos com nada mais do que a lancheira de Harry Potter (5 libras, ou US$ 7,5), o jogo de tabuleiro Quidditch (7 libras) ou a "agenda mágica" (8 libras).
Mas aqueles cujos rebentos fazem questão do aparato oficial completo, composto pela capa, a vassoura mágica Nimbus 2000, a coruja Hedwiges empalhada e, para arrematar, o gigante companheiro Hagrid, devem preparar-se para desembolsar no mínimo 100 libras (cerca de US$ 150).
Nesta fase pré-natalina, os benefícios também estão sendo sentidos pelos varejistas online. Os pedidos antecipados do jogo de computador Harry Potter já o elevaram ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon, mesmo antes de ser lançado. E os quatro livros Harry Potter ocupam os primeiros lugares da lista dos mais vendidos no Reino Unido.
Tudo indica que a onda de consumo movido pela pottermania será um fenômeno duradouro. Uma porta-voz da loja de brinquedos Hamleys, de Londres, disse que as linhas Harry Potter estão vendendo muito bem e que o interesse por elas aumentou após a pré-estréia do filme Harry Potter e a Pedra Filosofal, no último fim de semana.
A notícia deve ser recebida como uma dádiva inesperada pelos varejistas preocupados com o desaquecimento econômico.
Em um estudo divulgado em 1º de novembro pela Confederação da Indústria Britânica, 45 por cento dos varejistas relataram aumento nas vendas e 26 por cento, uma queda em relação à mesma época do ano passado. O resultado é um balanço positivo de 19 por cento, mas ainda muito inferior aos 54 por cento de setembro.
Fonte: Reuters
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