Qualquer pessoa gostaria de ter frenqüentado a escola de Hogwarts
Quinta-feira, 22 de novembro de 2001
Ninguém duvida de que o bruxinho Harry Potter chegou mesmo com a intenção de pulverizar com sua varinha mágica, todos os recordes de bilheteria da indústria do cinema.
Desde ET -- O Extraterrestre, de outro mago, Steven Spielberg, as platéias não descobriam outro personagem tão cativante, capaz de emocionar adultos e crianças.
Se o fenômeno literário, criado pela escritora escocesa J.K. Rowling, estava no início circunscrito aos leitores infantis -- apesar de uma legião de adultos também terem sido cativados -- agora, com o sucesso do filme, leitores mais circunspectos começam a engrossar a fileira dos admiradores do mago aprendiz.
Em Londres, a grande repercussão na imprensa está reativando o interesse pelos livros da série, principalmente de homens maduros que pedem conselhos aos vendedores nas livrarias e começam a devorar os quatro volumes já lançados.
Quando Rowling, desempregada, gastava horas de seu dia rabiscando a história do bruxinho na mesa de um pub -- alguns trechos foram escritos em guardanapos -- não poderia imaginar que em pouco tempo sua vida mudaria completamente.
O primeiro livro da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal, publicado na Inglaterra em 1997, não demorou a atrair a atenção do público infantil.
O que Rowling ainda não sabia era que seus passos iriam se cruzar em pouco tempo com o poderoso produtor David Heyman, responsável por levar seu livro para as telas.
Heyman retornava para Londres depois de um curto período em Hollywood, e estava à procura de uma história infantil. Sua assistente na Heyday Film leu o livro, recém-publicado, e o recomendou ao chefe.
O produtor ficou encantado. "É uma história humana, comovente. Ele veio de uma família destruída, não é um aluno brilhante, além do mais, Hogwarts é uma escola que qualquer um de nós gostaria de ter frequentado", resumiu Heyman em entrevistas à imprensa mundial. "O livro, nada sentimental, também era ferozmente imaginativo."
Por Luiz Vita, do Cineweb, especial para a Reuters
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