É cultivado há centenas de anos na Amazônia Brasileira, na região próxima ao Rio Tapajós e Rio Madeira, que corresponde à terra ancestral dos índios Sateré-Mawé. O guaraná contém até 5% de cafeína e é rico em fósforo, potássio, tanino e outras vitaminas. O guaraná nativo Sateré-Mawé age sobre o sistema nervoso, ajudando a combater a fadiga, a estimular a atividade cerebral e a manter os níveis de energia durante atividades físicas intensas.
A tribo hoje é formada por cerca de 8 mil índios, que vivem em 80 aldeias no Norte do Brasil. O guaraná cultivado por eles é feito pelo processo de semidomesticação. As sementes que caem das árvores são plantadas em clareiras e aguadas pela chuva e a árvore pode crescer até 12 metros. Quando os cachos de frutas vermelhas nascem, a fruta é colhida imediatamente. A polpa é removida e as sementes torradas por três dias em fornos de barro. Depois, descascadas, torradas e trituradas em pilão para, em seguida, serem moldadas em bastões de 100g a 2 kg, colocados em sacos de algodão e defumados com madeira aromática. A partir daí, ralam-se os bastões com pedras de basalto para usar o pó com água ou em suco de frutas frescas.