A farinha de batata-doce, produzida pelos índios Krahô no Nordeste do Estado de Tocantins, ganhou o prêmio Slow Food pela Biodiversidade em 2003. Segundo a Arca do Gosto, além de seu valor simbólico e gastronômico, hoje em dia é muito difícil encontrar as variedades de batata-doce. “A produção da farinha está diminuindo, porque as técnicas de produção são conhecidas apenas pelos índios mais idosos e também por se concentrar apenas em uma área.”
Os índios Krahô estiveram em risco de extinção nos anos 70 e conseguiram inverter a situação com o resgate de culturas antigas, como o plantio e a produção da farinha de batata-doce. Os índios vivem em 16 aldeias que são parte da reserva indígena Krahô, situada no cerrado. A reserva abriga cerca de 2,5 mil Krahô da etnia Timbira.