Juliana Crem
Este estilo de cerveja surgiu na Bélgica e acontece por meio de bactérias láticas e acéticas presentes no ar, ganhando assim a classificação de fermentação espontânea.
A sommelière de cervejas Káthia Zanatta, de Indaiatuba (SP), considera este estilo o seu favorito e brincou que é capaz de passar horas apenas falando sobre eles. "Toda cervejaria combina ciência, criatividade e arte para fazer sua cerveja, mas os produtores de Lambics precisam de tudo isso e ainda mais da ajuda da natureza”, contou.
“Somente no Vale do Senne na Bélgica, existe uma microflora ativa e de crítica importância para a produção das cervejas de fermentação espontânea. O mosto produzido com maltes de cevada, trigo não malteado e lúpulos envelhecidos, é exposto ao ar ambiente para resfriamento e inoculação natural dos mais de 180 diferentes micro-organismos já identificados na flora local. Este mosto então será encaminhado para barris de madeira, onde passará de meses a anos se transformando em uma das mais belas obras cervejeiras. Com sua acidez e secura marcantes, apresenta notas cítricas, selvagens e possivelmente amadeiradas no aroma e no sabor”, completou.
É comum haver a adição de frutas à cerveja durante o período de maturação. Framboesa, damasco, uvas e cerejas são algumas delas que ajudam a cerveja a ganhar coloração, aroma e sabores únicos. Saiba mais sobre elas.
*Agradecimentos: Belgian Beer Paradise – (21) 3256-2595 / 3256-2594 ou (11) 3596-7190 / 3596-7150 e Cerveja Gourmet – (11) 3876-2272
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