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A ilha comunista de Cuba celebrou na sexta-feira o 20o. aniversário da morte de John Lennon, cujas músicas já foram classificadas de influência decadente do Ocidente. Agora, ele é tratado como "herói revolucionário".
As honras oficiais ao ex-beatle incluíram um documentário feito pelo câmera pessoal de Fidel Castro, a inauguração de uma estátua de bronze num parque de Havana e um show ao ar livre.
Nos anos 60 e 70, as músicas dos Beatles eram raramente ouvidas na ilha, a não ser em festas clandestinas. Mas hoje, na Cuba ainda controlada, mas culturalmente mais liberal, Lennon é mostrado como um rebelde nato e vítima da perturbação capitalista.
As atividades de sexta-feira tentam "integrar Lennon ao patrimônio dos valores culturais que nosso povo admira e respeita", disse um comunicado oficial.
"Documentos do FBI tornaram públicas as agressões que ele sofreu por causa de sua posição radical contra a Guerra do Vietnã durante o governo de Richard Nixon", diz o texto.
Apesar disso, as celebrações ainda assustam alguns cubanos. "O quê? Agora vão homenagear Lennon? Não posso acreditar", disse um "ex-hippie cubano", ao parar sua bicicleta perto do local do show programado para a noite de sexta-feira.
"Você está vendo essa 'galo' na minha cabeça? Ganhei quando era criança por escutar e tocar músicas dos Beatles", disse ele, sorrindo e mostrando o local onde afirma ter recebido golpes de violão do pai, que seguia a ideologia comunista e execrava os Beatles.
No ano passado, o jornal do Partido Comunista, Granma, incluiu os Beatles na lista das figuras mais importantes do século 20, atrás de Fidel Castro, Vladimir Lênin e Ernesto 'Che' Guevara.
Reuters
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