Milhares de roqueiros do mundo todo choravam esta segunda-feira a morte de seu ídolo Joey Ramone, que faleceu ontem aos 49 anos e será sepultado terça-feira, em Nova York.

O cantor e líder do grupo Ramones, que ajudou a lançar a revolução punk nos anos 70, morreu às 14h40 locais deste domingo, vítima de câncer linfático no hospital New York Presbyterian, onde havia sido internado em março, informou sua mãe, Charlotte Lesher.

"Morreu em paz, enquanto dormia, cercado de amigos e familiares. No quarto tocava a música do grupo U2, In a Little While", informou à AFP a mãe do cantor. "Ele já estava inconsciente, mas acho que ouvia a canção. Logo depois que terminou, Joey se foi", acrescentou.

"Teve uma vida cheia de êxitos, mas muito curta", disse ainda Charlotte Lescher, que vive no Queens, bairro em que nasceu Jeffrey Hyms em 19 de maio de 1951.

Lescher informou ainda que seu filho morreu depois de lutar durante cinco anos contra o câncer. "Ele fará falta, para nós e para o mundo inteiro. Ele e os Ramones mudaram o mundo da música".

Influência sobre outros grupos

Cabeludos, usando jeans rasgados, jaquetas de couro e óculos escuros, Joey Ramone e os outros três membros do grupo - DeeDee, Tommy e Johnnie, que também adotaram o apelido Ramone - surgiram no mundo das discotecas nova-iorquinas em meados dos anos 70, com canções como Teenage Lobotomy.

A energia quase primitiva do grupo, além do estilo estridente, mas modulado, inspirou futuras estrelas da música, como Bruce Springsteen.

Além disso, a turnê realizada pelo grupo na Inglaterra, em 1976, influenciou decisivamente alguns grupos britânicos, como os Sex Pistols e o Clash, o que levou à explosão do "punk rock", destacam os críticos.

Os Ramones se separaram oficialmente em 1996, depois de 22 anos de carreira e 21 álbuns. Na terça-feira ao meio-dia será realizada uma cerimônia religiosa para Joey Ramone em uma capela em Forest Hill, no Queens, informou sua mãe, que acrescentou que o músico será sepultado nessa mesma tarde, em uma cerimônia privada.

AFP

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