Mesmo Rei, muita gente já torceu o nariz para ele e sua turma, que formaram o movimento conhecido como Jovem Guarda. Mas muitos mais - inclusive vários dos que o rejeitaram antes - se renderam a ele. Roberto Carlos venceu preconceitos, tornou-se o artista que mais discos vendeu no Brasil, ainda faz sucesso e completa 60 anos hoje mantendo intacta sua imagem. Da sua estréia na TV Tupi, no Rio de Janeiro, em 1957, até o lançamento do último disco, no ano passado, foram 44 anos de música. Roberto Carlos Braga nasceu no dia 19 de abril de 1941, em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. É filho de um relojoeiro e de uma costureira, Laura, a quem, anos depois, dedicou a música Lady Laura. Aos seis anos, sofreu acidente numa via férrea, o que o obrigou a usar uma prótese em uma das pernas, assunto terminantemente proibido em todas as suas entrevistas. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, quando resolveu se dedicar ao violão e ao canto.
Sua estréia aconteceu na TV Tupi, em 1957. Nesse início de carreira, Roberto integrou o grupo Snacks, que depois mudou o nome para Sputniks. Desse conjunto, faziam parte Tim Maia e Erasmo Carlos. O cantor também trabalhou como crooner, influenciado pela bossa nova e pelos sambas-canções - gêneros cujos seguidores seriam justamente os que, no auge da bossa nova, o rejeitariam. O primeiro compacto foi gravado em 1958.
Foi em 1960 que o Rei ingressou de vez no estilo que viria a ser conhecido como Jovem Guarda, ao lançar as músicas Brotinho sem juízo e Canção do amor nenhum. O primeiro álbum (Louco Por Você) veio no ano seguinte, mesma época em que Roberto e Erasmo iniciaram a parceria.
O estouro em nível nacional aconteceu em 1963, com a música O Calhambeque, do disco É Proibido Fumar. Daí para frente, os sucessos não pararam de surgir. O programa Jovem Guarda, que tinha Roberto, Erasmo e Wanderléa na linha de frente, estreou na TV Record em 1965 e consolidou a nova onda. No mesmo ano, lançou o LP Jovem Guarda, que rendeu hits como Quero Que Vá Tudo Pro Inferno e Mexerico da Candinha.
A carreira decolou. Roberto iniciou na década de 70 a tradição de lançar um disco por ano. E, desde 1974, sempre faz um especial anual para a Rede Globo. Somente em 1999, ano em que sua última mulher, Maria Rita, faleceu, é que Roberto Carlos não fez o especial.
O Rei já vendeu, até hoje, 70 milhões de discos pelo país e pelo mundo. Fez três filmes - Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora - entre 1967 e 1971. Entre as dezenas de sucessos, destacam-se músicas como Eu sou terrível, Splish splash, Detalhes, Emoções, Amigo, O portão, Jesus Cristo, entre muitas outras. Casou-se três vezes: com Cleonice Ramos, Míriam Rios e com Maria Rita.
Atualmente, Roberto prepara um show para o Acústico, da MTV - embora a Globo já tenha avisado que só permitirá a transmissão dos clipes pela emissora.
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