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Paquera estava "devagar", segundo as mulheres no Skol Beats

Cibelle e Luciana dançam
na área do Chill Out

Foto: Alexandre Tahira

Domingo, 22 de abril de 2001, 08h51

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Parece que aquela sina de que os homens estão "distraídos" quando se trata de mulher está se confirmando. Pela pista e tendas era possível se ver uma quantidade considerável de mulheres desacompanhadas ou acompanhadas de amigas. Homens também circulavam pelo local, sendo que grande parte em "galeras". A soma 2 + 2, no entanto, não aconteceu.

"Tá devagar", explica a bela loira de 24 anos Luciana Velloso, técnica em eletrônica. "O pessoal tá muito louco, mas muito reservado", conclui Luciana. O que quis dizer, para quem estava longe do ambiente da noite do Skol Beats, é que os homens vieram em bando, com turma, e ainda estavam na fase de curtir a música e o local dessa dorma. A amiga Cibelle Bergamo, 22 anos, gerente administrativa, concorda, apesar de não estar de olho em ninguém. "Tenho namorado e ele está trabalhando". E sim, ele confia nela.

A história do ménage à trois realmente aconteceu no gramado de Interlagos. Não que fosse uma cena que lembrasse um filme francês "descolado", um Jules e Jim modernizado, pois todos estavam "quase vestidos" e eram muito jovens para saberem até onde poderiam levar aquilo. E não deve ter sido o único caso de libidinagem ao ar livre. O clima do local, com música alta, locais poucos iluminados, público disperso e nem aí com o que acontecia a sua volta, contribuia para que as pessoas se libertassem - isso sem falar no álcool e velha maconha, que circulavam pelo Skol Beats. Outras drogas não pintaram no raio de visão da reportagem.

Supostamente vindo de alguma tradicional dança primitiva de atração do sexo oposto (se é que isso existe mesmo em algum livro), a paquera nas pistas rolou, é claro. Mas alguns homens chegavam já com aquela quantidade pra lá de exagerada de álcool na cabeça e mal seguravam o copo à frente da garota - que se preocupava em dançar e de vez em quando, como a oferta estava rarefeita, dar uma bola para o sujeito. Muito cara assim "faturou" na madrugada de domingo porque os demais estavam olhando para o céu, brincando com a turma ou exercendo alguma espécie de timidez transgênica.

Mas, como o romance surge, querendo a música ou não, no começo da manhã podíamos ver jovens novos casais desesperados em busca de canetas para trocar telefones e alguns beijos apaixonados (de uma noite ou não, quem sabe?) de despedida.

Ricardo Ivanov / Redação Terra

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