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Dylan chega aos 60 anos com rugas, rouquidão e prestígio

Dylan ao vivo: poucos novos discos
e aversão à vida pública
Foto: Reuters

Quarta, 23 de maio de 2001, 22h37

Ricardo Ivanov, Redação Terra, e Reuters

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Bob Dylan chega aos 60 anos nesta quinta-feira como um dos mais influentes artistas da música popular. Em quatro décadas de carreira, seus lamentos, poesia e voz fanhosa se espalharam por artistas de todos os estilos.

Em seu primeiro álbum, Bob Dylan, lançado em 1962 quando o astro do folk tinha apenas 20 anos, suas músicas já eram politizadas, maduras e ele soava como se soubesse que um dia conquistaria o mundo do rock 'n' roll.

Dylan, cujo nome verdadeiro é Robert Zimmerman, foi durante anos a voz do protesto jovem. Ele perambulou por diversos estilos até decidir-se pelo folk poético e acústico, que lhe rendeu em 1991 uma homenagem do Grammy pelo Conjunto de Sua Obra. Além disso, a canção Things Have Changed, do filme Garotos Incríveis, venceu o Oscar de Melhor Música este ano.

Assédio e privacidade

Para celebrar seu sexagésimo aniversário, Patti Smith e Tracy Chapman vão fazer um tributo a Dylan no sábado durante o New Yorker Literary Festival, em Manhattan. O DVD do filme Don't Look Back, sobre sua turnê pela Inglaterra em 1965, está também sendo lançado no exterior.

Ainda no capítulo lançamentos, sua biografia, Down the Highway, acabou de chegar às lojas nos EUA e descreve Dylan como um homem solitário, envolto no dilema entre aprender a lidar com o assédio da vida pública e o anseio pela privacidade.

E apesar de ser o que os norte-americanos chamam de "low-key fellow" - seu empresário já avisou à imprensa que não há planos de comemorar publicamente seu aniversário -, Dylan é mais do que uma imagem presente em todo o rock 'n' roll, que será reverenciada nesta quinta-feira por fãs em todo o mundo.

Mas Dylan nunca planejou virar uma estrela da pop music dos anos 60 - nem tinha o perfil para isso. Achou que seria bem-sucedido até onde um artista folk conseguiria ir. "Quando assinei com a Columbia Records, fiquei mais surpreso que todos. Mas não deixei isso me impedir de fazer algo", brincou o compositor em entrevista de 1987 para a Revista Rolling Stone. Dylan raramente fala com a imprensa - e com as pessoas comuns no meio da rua, dizem.

Nostalgia é a morte

Dylan não gosta de falar do passado. "A Nostalgia é a morte", diz. Não é hostil com seus entrevistadores, mas foge das perguntas sobre a "história de Dylan". Espera chegar as perguntas que lhe interessa. Quanto ao título de lenda, diz que foram os editores na mídia que brincaram com esse título, como uma forma de dizer algo, seja lá o que fosse, a seus leitores. Será que Dylan não é tudo isso mesmo? Será que é somente um interiorano sensato, sensível, compositor de baladas e folks sintonizados com seu tempo?

O fato concreto é que o profeta dos sentimentos belos das décadas coloridas ainda tem sua história para lembrar gerações de como as coisas eram feitas antes - mesmo não podendo trasportar o passado com tintas perfeitas para o presente. É difícl tirar isso de Dylan - e acaba servindo para corroborar com sua tese de que a mídia o transforma no que precisa para encher as páginas com mitos -, mas o próprio disse em entrevista à revista Rolling Stone, em 1974, que seu papel de exmplo poderia ficar mesmo com o passar do tempo: "Com certeza ainda há uma mensagem. Mas a mesma faísca elétrica que falhou no passado pode falhar de novo - a centelha que não vai levar a nenhum fogo. Nossos jovens irão provavelmente protestar, também. Protesto é algo antigo. Às vezes ele é mais profundo. Portanto, sempre há necessidade de canções de protesto."

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