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» Trechos de clássicas entrevistasOs Estados Unidos renderão homenagens ao artista rebelde, símbolo de toda uma geração, cuja influência foi decisiva para a evolução da música popular. "Todos devem algo a Bob Dylan", afirmou recentemente o cantor Bruce Springsteen. "Ele realmente mudou a música pop, em especial pelos temas que se arriscou a abordar e pela maneira de cantá-los".
"Todos, desde cantores de hip-hop, passando por Marvin Gaye até Anarchy in the UK têm algo de suas raízes em Dylan", acrescentou Springsteen ao jornal USA Today. Dylan e sua voz nasalada, sua gaita e sua guitarra são inevitavelmente associados aos anos 60. Para Lou Reed, Dylan é o "primeiro punk", e para o compositor Willie Nelson, é uma espécie de "cowboy poeta".
Bob Feldman, fundador da gravadora Red House Records, lembra de ter ficado fascinado aos 15 anos, como milhões de outras pessoas, com este novo cantor iconoclasta, poeta não convencional, que fez sua estréia no cenário musical com The Freewheelin' Bob Dylan, de 1963.
Queda nas vendas
Com o passar dos anos, Dylan compôs 453 canções. Algumas delas ficaram marcadas na memória popular como Blowin'in the Wind, The Times They Are A-changin e Like A Rolling Stone.
Em março, Bob Dylan voltou a aparecer nas primeiras páginas dos jornais, quando recebeu seu primeiro Oscar de Melhor Canção Original, por Things Have Changed, composta para o filme Garotos Incríveis, de Curtis Hanson.
Nos anos 80, as vendas de seus álbuns caíram, mas ele acabou se recuperando com Time Out of Mind, de 1997, que lhe valeu três prêmios Grammy. Agora, ele é tema de estudo em cursos de literatura nas universidades norte-americanas. Bob continuará trabalhando nos Estados Unidos e iniciará uma turnê européia em junho.
AFP
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