Quase dez mil pessoas assistiram à segunda edição do Chivas Jazz Festival, realizada de quarta-feira a sábado em São Paulo e no Rio de Janeiro. O DirecTV Music Hall, na capital paulista, e o Garden Hall, no Rio, com capacidade para 1.390 e 1.100 pessoas, respectivamente, tiveram lotação esgotada todos os dias. "No Rio, os ingressos acabaram uma semana antes", diz o diretor artístico do evento, Toy Lima.
O festival trouxe uma lenda do jazz, o saxofonista Archie Shepp, e outros nomes do primeiro escalão, como o contrabaixista Dave Holland, o guitarrista Bill Frisell e trombonista Steve Turre.
Jovens em ascensão, como o trompetista Dave Douglas e a cantora Carmen Lundy, mostraram que o jazz tem muito futuro. E vários "sidemen" poderiam perfeitamente ter vindo à frente de seus próprios grupos, como os saxofonistas Javon Jackson e Chris Potter, o contrabaixista Buster Williams e os bateristas Billy Hart e Victor Lewis.
Para o ano que vem, Toy Lima quer fazer pequenas mudanças, trazendo astros europeus (uma possibilidade é o renomado saxofonista norueguês Jan Garbarek, já convidado) e africanos.
"A África do Sul tem músicos brilhantes, que ninguém no Brasil ouve falar. Na Europa, italianos e franceses estão fazendo jazz de altíssima qualidade", explica.
O que continua fora de cogitação é mudar o tamanho ou o conceito do evento, que se propõe a ter apenas jazz, ao contrário dos maiores festivais do gênero do mundo, que vêm sendo dominados pela música pop.
"Não vamos levar o Chivas Jazz para casas maiores, porque preferimos manter a qualidade e o conforto do público, e também não vamos estendê-lo a outras capitais", afirma Lima.
Todos os shows serão transmitidos pelo canal 605 da DirecTV, ainda sem previsão de datas. E está nos planos de Lima fazer um CD promocional com uma coletânea dos shows. "Mas não pretendo colocar isso no mercado, pois envolveria negociações com várias gravadoras", explica, para desalento dos fãs.
Reuters
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