Portugal chorou a morte de Jorge Amado na terça-feira. O escritor e prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, disse que a língua portuguesa havia sofrido "uma enorme perda". A morte de Jorge Amado, acometido por um ataque cardíaco na noite de segunda-feira, aos 88 anos de idade, foi a manchete dos principais jornais da capital portuguesa, além de ser notícia principal em TVs e rádios.
Amado, cujas histórias bem brasileiras o tornaram best-seller mundo afora, também era conhecido em Portugal por causa das novelas adaptadas de suas obras.
A novela Gabriela, de 1970, adaptada do romance Gabriela, Cravo e Canela, ajudou a cultura brasileira a se difundir em Portugal.
"A tradução de sua obra para cerca de 50 línguas mostra o poder de sua escrita e o tipo de pessoa que ele era", disse Saramago.
Numa entrevista para a rádio TSF, o ex-presidente português, Mario Soares, presença frequente na casa de Amado em Paris, descreveu o falecido escritor como "uma das grandes figuras de nossa língua".
Jorge Amado, cujos livros venderam 20 milhões de cópias no mundo inteiro, era considerado um possível concorrente ao prêmio Nobel de Literatura.
"Jorge Amado não era uma personalidade apenas brasileira, mas uma figura da cultura universal, então é importante sublinhar o caráter universal de sua vida e de seu trabalho", disse o ministro da Cultura de Portugal, Augusto Santos Silva, à Lusa.
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Reuters
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