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"Amor superou admiração", diz Zélia

Escritora no velório do marido: azulejo na casa do casal com "Jorge e Zélia" gravados.
(Foto: AJB)

Terça, 07 de agosto de 2001, 15h19

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    O amor de Jorge Amado e Zélia Gattai pode ser admirado por quem tiver a oportunidade de apenas passar em frente à casa do casal no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

    Em um azulejo branco e simples, parece até que foram dois adolescentes apaixonados que passaram por lá, há um desenho de coração com os nomes de "Jorge e Zélia" gravados. O azulejo está bem na entrada da casa e já mostra que Jorge Amado era um mundano nos muitos livros que escreveu, mas foi homem de um só amor.

    Amor que durou 56 anos até que sua morte, na segunda-feira, o separasse, ao menos fisicamente, de sua esposa.

    Zélia Gattai sempre era citada nas histórias contadas por Jorge Amado. Nascida em São Paulo, filha de imigrantes italianos, a também escritora se tornou baiana e cidadã do mundo por amor a um homem.

    Desde que se casaram em 1945, nunca mais se separaram. Os dois vinham de casamentos anteriores já com filhos, mas isso não os impediu de ter mais dois outros, João Jorge e Paloma.

    Zélia conta, a quem perguntar, que quando eles se conheceram Jorge Amado já era famoso, mas o amor pelo homem superou a admiração.

    Foi ele que vendo o prazer que ela tinha em contar as histórias da infância no Brasil e da anarquista família italiana, que a incentivou a escrever seu primeiro livro, não como uma escritora comum, mas apenas como uma contadora de histórias. Assim nasceu Anarquistas, Graças a Deus.

    Eles se casaram poucos meses depois de se conhecerem. Como era antes do casamento, não importa. Mas quem os conheceu juntos deve ter notado um brilho nos olhos, que era comum aos dois. Seria o brilho do amor? Um amor que parecia estar em todos os cantos da vida deles: na casa, no quintal, que parecia feito para dois namorados e nas histórias do dia a dia, que tinham o casal como os personagens.

    Na casa, fosse onde Jorge escrevia ou no quarto em que Zélia até hoje constrói suas histórias, em todos os locais nunca houve apenas a presença de um, mas sempre dos dois juntos.

    E esse amor vai provavelmente continuar nos mínimos detalhes de uma vida, como no número da casa do Rio Vermelho, o 33, que se encaixam perfeitamente como Jorge e Zélia.

    O número também está lá para quem quiser ver, em um bairro que fica no coração da capital e do povo baiano. O endereço é Rua Alagoinhas, número 33.

    Reuters

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