Os brasileiros terão em breve seu próprio Grammy, disse à reportagem na segunda-feira o presidente da National Academy of Recording Arts and Sciences (Naras) dos Estados Unidos, Michael Greene. "Estamos discutindo a idéia com o ministro da Cultura e o Brasil poderá em breve ter a sua própria 'recording academy' e sediar seu próprio Grammy", disse Greene durante o evento Pessoa do Ano, que antecedeu a premiação do Grammy Latino, em Los Angeles.
"Nós daríamos o apoio necessário para iniciar o Brasil nesse processo e provavelmente algum grande canal de TV teria que fazer como a CBS faz aqui. Compraria os direitos de transmissão e contribuiria para a operacionalidade do evento", acrescentou.
Nesta segunda edição do Grammy Latino, cuja premiação acontece na terça-feira no Forum, antigo estádio do time de basquete Lakers, os artistas brasileiros ganharam uma subcategoria especial para a qual foram indicados, entre outros, Marisa Monte, Caetano Veloso e Herbert Vianna.
"Criamos esta subcategoria porque a diversidade da música brasileira é enorme e é muito injusto deixar tanta gente de fora. É injusto homenagear a música brasileira em sete premiações (total de estatuetas deste ano na subcategoria) e seria injusto com 30", afirmou Greene.
"Quando o Grammy brasileiro acontecer, talvez nós mantenhamos os artistas do Brasil indicados ao principal Grammy e talvez mantenhamos a subcategoria dentro do Grammy Latino. É muito cedo para dizer como as coisas ficarão", explicou Greene, acrescentando ser fã inveterado dos diversos ritmos brasileiros, sobretudo a bossa nova.
"Já estive no Brasil três vezes e sempre fico surpreso com a música do país. E muita música", disse ele.
Reuters
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