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Sting completa 50 anos como rei do pop

Sting aos 50, na capa de seu novo
CD ao vivo, que sai em novembro.

Terça, 02 de outubro de 2001, 12h27

Ricardo Ivanov/Redação Terra

Veja também:

  • Brand New Day e outros álbuns de Sting na Rádio Terra
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  • Fotos de Sting na IstoÉ Gente

    Pois Gordon Sumner realmente está completando 50 anos hoje, 2 de outubro. Muito vai se falar que ele não parece a idade que tem, que é um cara engajado em causas humanitárias, que faz ioga, etc. Sobre o último assunto, ele vai direto à curiosidade geral: "Sim, gosto de sexo, e sim, a ioga aumenta a resistência", enfatizou em uma entrevista à revista Guitar World. A festa que o cantor e compositor iria dar em 27 de setembro no Marrocos para celebrar seu aniversário foi cancelada devido ao ataque terrorista aos Estados Unidos, mas a data não deve passar em branco - pelo menos para seus fãs.

    Sting nasceu em Wallsend, Inglaterra, e só com sua história no Police já teria marcado seu ponto no pop mundial. Para uma leva de nostálgicos, Sting era "O Cara" quando tocava na banda formada em 1977 com Stewart Copeland e Andy Summers. Besteira, pois musicalmente sua carreira solo iniciada um ano após o término do Police, em 1984, com The Dream of the Blue Turtles, é claramente mais significativa. Ok, a verve punk rock não existe mais e deu lugar a um sentimento global da música feita em diversas partes do mundo - inclusive (e bóta inclusive nisso), no Brasil.

    Sobre o Police, sempre que questionado, Sting barra a porta com o pé, tirando o biscoito da boca dos nostálgicos: "Tenho muito orgulho de ter feito parte dessa banda. Em sete anos, lotamos estádios, ganhamos Grammy, vendemos milhões de discos. Simplesmente deu, fizemos tudo que tínhamos de fazer e algo mais seria diminuir a importância disso. A lenda continua intacta e não quero recriá-la", disse à revista Muze.

    Sting é carioca

    "Ele parece carioca. É um cara gente finíssima, educado, carinhoso, se preocupa se está tudo bem com as pessoas", disse o percussionista brasileiro Marcos Suzano, que dividiu o palco com a estrela no Rock in Rio 3 e gravou faixa em estúdio no Rio para o novo álbum de inéditas de Sting, ainda no forno. Falando de recentes projetos, o cantor deve lançar seu segundo disco ao vivo depois de Bring on the Nigth, de 1986. A apresentação de All This Time foi gravada agora em 11 de setembro para uma platéia de 200 pessoas e amigos e sai também em DVD em novembro - não esse recentemente lançado DVD do início da turnê Brand New Day, muito abaixo da média das apresentações de Sting.

    Mas o que faz de Sting, Sting? Primeiro o músico (que também já fez suas cenas no cinema em filmes como Duna) vem de um background pop inglês incomparável. Não era o rock clássico inglês, que envelheceu com o tempo e produz clones de si mesmo há anos. Apesar de tocar baixo na antiga banda - um instrumento visto por muitos como secundário no plano das composições - Sting era a real fonte produtora do Police. Sim, Andy Summers tinha um belo e único jeito de tocar guitarra, mas era isso. Sim, Stewart Copland foi um dos melhores bateristas do pop e influenciou muita gente, mas era isso - e era irmão do empresário da banda, que mesmo com o término do Police continuou trabalhando com Sting.

    Por trás de Every Breath You Take, uma das mais corretas canções em formato já produzidas, havia Sting. Roxanne, de 1978, que todos amam, é uma música simplória se comparada com a anterior, assim como Message in a Bottle. Até mesmo a regravação em 1986 de Don't Stand So Close to Me é menor, comparada com a primeira. Every Breath You Take é um sintoma do que seria a carreira solo de Sting.

    Passo jazzístico

    O início solo guinou para o lado jazzístico quando chamou os músicos do gênero Branford Marsalis, Kenny Kirkland e Omar Hakim. If You Love Somebody Set Them Free virou hit com a mistura jazz e rock progressivo. Gravou a turnê do primeiro álbum em disco e ganhou outro sucesso, Bring on the Night. Continuou nessa linha com o disco seguinte, Nothing Like the Sun e a música We'll Be Together, de 1987, dedicado a sua mãe.

    Nesse período começou seu engajamento com campanhas ecológicas, que lhe renderam elogios e também críticas. Junto com a Anistia Internacional, veio diversas vezes ao Brasil em campanhas pela preservação das florestas no País. Em 1987, mesmo com a morte de seu pai um dia antes de uma série de shows no Brasil, não cancelou as apresentações. Começavam a se estreitar os laços com a América Latina - e musicalmente o jazz foi dando lugar para características musicais claramente brasileiras, bossanovísticas.

    O baixo astral veio no disco seguinte, de 1991, The Soul Cages. All This Time foi o único hit alegre, as demais canções vinham com um ruído triste, pesado. Por volta dessa época, Sting começou a achar que não conseguiria compor mais nada, que a fonte havia se esgotado. Se o fundo do poço tem algo de bom, Sting tirou tudo de lá ao voltar dois anos depois, em 1983, com Ten Summoner's Tales, musicalmente seu disco mais maduro - e talvez até hoje.

    Tom Jobim

    Daí vale o gancho: Sting foi amigo de Tom Jobim, com quem gravou um dueto no disco Antonio Brasileiro, de 1995: How Insensitive. E um pouquinho de Tom está nas melodias e harmonias de Sting. Quer saber onde? Em If I Ever Lose My Faith In You, Fields of Gold e Seven Days - todas de Ten Summoner's Tales. Ritmicamente também há bossa nova no suingue do músico inglês - mas há também a influência de milhares de sons pelo mundo. "Odeio essa tendência de colocar música em guetos, como se a música celta fosse algo separado da música brasileira, por exemplo", disse em uma entrevista.

    Assim, Sting manteve seu traçado com Mercury Falling em 1996, que estreou bem nas paradas com Let Your Soul Be Your Pilot e estagnou. O seguinte lhe deu três discos de platina: Brand New Day. O lado pop estava mais do que no ar com a gaita de Stevie Wonder na música tema do disco. As influências mundiais podiam ser ouvidas no dueto com o cantor argelino Cheb Mami em Desert Rose. Com uma longa turnê de quase dois anos, reativou a mesma no começo deste ano para sua participação na noite de estréia no Rock in Rio. Quem assistiu pôde vê-lo cantarolando baixinho, antes de executar Fragile: "Copacabana, princesinha do mar...".

    Com 23 anos de carreira, Sting é um dos poucos músicos que tem penetração mundial e uma linguagem musical que alcança uma larga audiência - e ainda consegue ser uma estrela pop. Poucos críticos se aventuram em derrubar suas qualidades musicais, apesar da carreira de Sting ter altos e baixos, como é natural se esperar de qualquer artista. Mas na conta final, em uma balança honesta, além de ser um boa pinta aos 50 anos e ser um dos maiores garotos-propaganda do suposto bem que a ioga faz, Sting é o cantor pop com a melhor trajetória musical de sua geração.

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