Os iranianos voltam a descobir o horóscopo, que se inspira no calendário persa, mas que tinha sido praticamente abandonado durante 20 anos no país, em razão da condenação das autoridades, que atualmente se mostram mais tolerantes a respeito. O calendário persa, que existe há milhares de anos, começa com o equinócio da primavera, em geral no dia 21 de março. Seus doze meses, solares, de 30 ou 31 dias, são exatamente os utilizados pelo horóscopo, que, há um século, apaixona os ocidentais, que acreditam em previsões astrológicas.
No Irã, onde nasceu, o horóscopo desperta cada vez menos interesse há muito tempo. Faziam pouco caso dele nos tempos do Xá e sumiu praticamente após a revolução islâmica de 1979, por ser considerado "fonte de superstição".
Hoje volta a estar na moda e até os jornais conservadores propõem a seus leitores um horóscopo com conselheiros respeitadores das regras de vida islâmicas.
Entretanto, para prever o futuro, têm muito mais sucesso no Irã métodos como a leitura das linhas das mãos, as cartas ou o fundo das xícaras de café. Os advinhos profissionais, em sua maioria mulheres, são dontados aos milhares.
"O horóscopo volta, mas isto se deve mais à influência ocidental do que um retorno a nosso passado", explica "Khanum Minou", vidente de Teerã.
"Os antigos persas, como os babilônios, descobriram ao estudar o céu que as constelações se parecem com determinados animais ou com elementos e acreditavam que as pessoas nascidas durante tal mês tinham as características de ser a coisa em questão", explica Iradj Malekpur, diretor do Instituto de Geofísica de Teerã.
AFP
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