O júri do prêmio, que patrocina a Fundação Cervantina do México, presidida por Eulalio Ferrer, e a Universidade Menéndez Pelayo, quiseram reconhecer "uma dilatadíssima trajetória na qual se destacaram tanto a continuidade como a excelência de sua obra".

Julián Marías percorreu desde a filosofia da Grécia clássica à arte cinematográfica de nosso tempo; da história da filosofia ao ensaio histórico; desde a análise literária ao estudo sociológico, com uma projeção excepcional não só na Espanha como no cenário cultural de todas as Américas, constituindo uma referência moral para sucessivas gerações de intelectuais", diz a ata dos jurados.

"É um prêmio de muito prestígio, e quero expressar meu agradecimento à Universidade Internacional Menéndez Pelayo, uma instituição com a qual mantenho um vínculo primitivo desde que no verão de 1934, um ano depois que foi inaugurada, assisti como aluno a um curso de verão", disse o premiado.

Julián Marías, sociólogo e ensaísta, também é acadêmico da língua desde 1964 e o autor de inúmeras obras como "Introdução à filosofia", "Novos ensaios de filosofia" ou "História da filosofia", entre outras.

Também é membro da Academia das Artes e Ciências de Porto Rico, assim como catedrático Honoris Causa pela Universidade de Buenos Aires, entre outras muitas distinções, como a de senador real por designação do rei Juan Carlos I da Espanha em 1979.

AFP

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