Hairspray ganha o maior número de prêmios no Tony Awards
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O beijo de Scott Wittman e Marc Shaiman pelo prêmio Tony por por melhor música |
Segunda, 09 de junho de 2003, 09h45
Veja as fotos da premiação! O musical baseado na comédia cult de 1988 do diretor John Waters ganhou as principais categorias da parte de musicais, com o melhor direção (Jack O’ Brien), melhor ator coadjuvante (Dick Latessa), melhor música (Scott Wittman e Marc Shaiman), melhor livreto (Mark O’ Donnell e Thomas Meehan) e melhor figurino (William Ivey Long). O espetáculo também ganhou as duas categorias de maior suspense da noite, as de melhor ator e melhor atriz. Harvey Fierstein levou a melhor na disputa com Banderas, de Nine. Ele faz o papel de Edna Turnblad no espetáculo, a mãe da personagem principal. "Estou aliviado que o Tony não é um concurso de beleza", ironizou ele em referência ao galã espanhol. A novata Marissa Jaret Winokur, que interpreta o papel de Tracy Turnblad, fez história ao ganhar o Tony de melhor atriz. "Se uma garota nova-iorquina gordinha de 1 metro e meio consegue um papel principal na Broadway e ganha um Tony, qualquer coisa pode acontecer", disse ela. Sua maior concorrente era uma veterana da Broadway, a atriz Bernadette Peters, que foi aplaudida de pé por sua apresentação de um número de Gipsy. O início da transmissão pela emissora de TV americana CBS foi marcado por um beijo de Wittman e Shaiman, que são parceiros há 25 anos. "A gente não pode se casar, mas eu gostaria de declarar aqui que te amo e quero viver com você pelo resto da minha vida", disse Shaiman antes de beijar o namorado. O episódio rendeu comentários bem-humorados durante todo o evento, que também foi marcado pelos Tonys para Take Me Out (peça de tema gay) e Fierstein, que faz o papel que foi do travesti Divine no filme original. O ator também é o criador da peça gay Torch Song Trilogy, que rendeu dois Tonys a ele 20 anos atrás. Outro prêmio da categoria foi o de melhor revival de um musical, para Nine, que também levou o Tony de melhor atriz coadjuvante (Jane Krakowski). O musical é baseado no filme 8 1/2, de Federico Fellini. Movin’ Out, que também tinha várias indicações, ficou apenas com os prêmios de melhor orquestração (Billy Joel e Stuart Malina) e melhor coreografia, para Twyla Tharp. O espetáculo, uma parceria dela com o músico, foi aberto com uma apresentação dele ao vivo no meio de Times Square, onde cantou New York State of Mind. O Tony de melhor peça ficou com a excelente Take Me Out, de Richard Greenberg, sobre as implicações para a revelação de um jogador de baseball de que é gay. O espetáculo também ficou com os prêmios de melhor ator coadjuvante (Denis O’ Hare) e melhor direção (Joe Mantello). Os prêmios principais de atuação ficaram com os veteranos Brian Dennehy e Vanessa Redgrave, por Longa Jornada de Um Dia Noite Adentro (Long Day’s Journey Into Night), que também ganhou o Tony de melhor revival de uma peça. A única surpresa aí foi este ser o primeiro Tony da carreira da atriz. O ator ganhou a mesma categoria em 1999, por A Morte de um Caixeiro Viajante. Outras premiações da noite foram para Michele Pawk (melhor atriz coadjuvante de uma peça, por Hollywood Arms), a Def Poetry Jam (melhor evento teatral) e a ópera La Bohème, do diretor australiano Baz Luhrman (melhor iluminação, para Nigel Levings, e melhor cenografia, para Catherine Martin). Jackman vai estar na Broadway a partir do segundo semestre, no musical A Boy From Oz.
Ricardo Bairos/Planet Pop
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