Escritor Jeffrey Archer, preso por perjúrio, será solto em julho

Quarta, 18 de junho de 2003, 15h07

O escritor, aristocrata, milionário e político conservador britânico Jeffrey Archer, que cumpre pena por perjúrio, será libertado em julho, segundo anunciou esta quarta-feira o Comitê de Liberdade Condicional do Reino Unido.

A liberdade de Archer, de 63 anos, autor de best-sellers como Honra entre ladrões, será decretada no dia 19 de julho, quando terá cumprido "a metade de sua sentença" de quatro anos de prisão, disse uma porta-voz do comitê.

O escritor, acrescentou a fonte, sairá da prisão de Hollesley Bay, no condado de East Anglia (leste da Inglaterra), no dia 21. Do lado de fora do presídio, ele deverá ter bom comportamento e visitar regularmente um supervisor.

Em um caso que poderia render um livro, Archer foi condenado em julho de 2001 a quatro anos de prisão por mentir, nos anos 80, num julgamento contra o jornal sensacionalista britânico Daily Star, que publicou a notícia sobre a noite que o escritor passou com uma prostituta.

Archer, ex-vice-presidente do Partido Conservador britânico e membro da Câmara dos Lordes, foi condenado quando pretendia concorrer à prefeitura de Londres, ambição à qual teve que renunciar devido a um escândalo de sexo e mentiras.

Como preso, o escritor causou polêmica ao infringir as regras da prisão e publicar o livro Diário de uma prisão: o inferno de Belmarsh, o presídio de segurança máxima de Londres onde ficou antes ser transferido para Hollesley Bay.

Jeffrey Archer, cuja fortuna pessoal é calculada em cerca de 85 milhões de euros, não perdeu tempo "entre as barras" e também assinou um contrato de 15 milhões de euros com o editora McMillan, para publicar três livros.

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EFE