Brasil será o país homenageado dos Festivais de Navarra
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Caetano Veloso participa do evento Foto: Alexandre Tahira/Terra |
Quinta, 26 de junho de 2003, 15h25
A música de Carlinhos Brown e Caetano Veloso, junto com a capoeira, o cinema e a gastronomia do Brasil, protagonizarão os Festivais de Navarra (Espanha), evento cultural que será realizado entre 28 de julho e 9 de agosto. A informação foi divulgada nesta quinta-feira na Casa de América, em Madri, pela organizadora do festival, Yolanda Osés, que afirmou que o evento apresentará a dualidade brasileira, que oscila "entre a tradição e o sonho de modernidade". As atividades culturais, que vão acontecer na cidade de Pamplona, capital da região, dividem-se em seis grandes blocos, entre os quais se destaca o dos grandes espetáculos. A música de Carlinhos Brown chegará em 1o de agosto e será seguida, no dia seguinte, pela atuação de Caetano Veloso. Além disso, desfilarão pela capital navarra o percussionista Naná Vasconcelos, considerado o melhor do mundo, e outros artistas como Ed Motta, Arnaldo Antunes e os holandeses Zuco 103, que misturam os ritmos eletrônicos com os sons do Brasil. Em outros lugares, haverá oficinas de capoeira e exibição de filmes - como Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles -, conferências e mesas-redondas, nas quais se analisará a realidade do país. O festival incluirá duas exposições organizadas pelo brasileiro Marcello Dantas, que, durante a apresentação do evento, explicou que essas mostras "giram em torno do verso e do reverso do Brasil". Dantas destacou a montagem Raça, que tem a participação de Caetano Veloso, e é "uma aposta impactante que analisa a verdadeira expressão do Brasil: a fusão total das raças". Uma mostra de gastronomia a cargo de uma cozinheira brasileira e uma série de pequenos shows ao ar livre também farão parte do festival. O representante de Cultura do governo regional navarro, Juan Ramón Corpas, acrescentou que os Festivais de Navarra homenageiam anualmente um país ou uma cultura e pretendem incentivar o interculturalismo e a mestiçagem.
EFE
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