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Bienal do Mercosul busca origem da arte contemporânea

Sexta, 27 de junho de 2003, 19h16

A 4ª edição da Bienal do Mercosul quer mexer nas entranhas do passado de seus países-membros. Com o tema Arqueologia Contemporânea, o evento, que começa em outubro em Porto Alegre, vai se voltar para as ligações entre as origens e a situação atual das culturas latino-americanas.

"O problema da ancestralidade está à flor da pele nesses países", disse à Reuters Nelson Aguilar, curador desta edição, orçada em 9 milhões de reais.

Os países que participam são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além do México, país convidado deste ano - a lista dos 66 artistas que vão mostrar suas obras na bienal será divulgada nas próximas semanas.

"A gente pode chegar em qualquer um desses lugares e perguntar: cada um tem uma interpretação pessoal para sua origem. E o tema está bastante presente agora não só na arte, como também na ciência, como as pesquisas de genoma", acrescentou Aguilar.

Além da clássica "Representação Nacional" de cada país - seção que reúne exposições regionais de arte contemporânea - haverá a "Mostra Histórica", que trará peças arqueológicas de mais de 30 mil anos antes de Cristo provenientes da bacia amazônica e região andina.

O evento irá acontecer entre 4 de outubro e 7 de dezembro, na Praça da Alfândega - no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Memorial do Rio Grande do Sul e Santander Cultural -, na Usina do Gasômetro e, pela primeira vez, em quatro galpões do Cais do Porto, com vista para ao Rio Guaíba.

Ícones latinos
Cada um dos países também terá uma "Mostra Icônica", com uma exposição individual de um artista com quem teve uma forte relação.

O México, país convidado da mesma forma como foram a Venezuela, a Colômbia e o Peru nas edições anteriores, terá uma das mais importantes mostras, com a exibição de 60 trabalhos de José Clemente Orozco, um dos maiores mestres do muralismo mexicano.

Segundo Aguilar, está será a primeira grande exposição de Orozco na América Latina em 40 anos. O público poderá ver pinturas, desenhos, gravuras e um pedaço de mural feito em tela.

O artista homenageado desta quarta edição - que funcionaria como a mostra icônica do Brasil - será o gaúcho Saint Clair Cemin, residente em Nova York.

Cemin, que já participou da Documenta de Kassel (Alemanha) e da Bienal de Whitney (EUA), fará sua primeira obra pública no Brasil: uma escultura de seis metros de altura que será instalada primeiramente na Usina do Gasômetro.

A Argentina trará 20 pinturas de Antonio Berni, enquanto o Uruguai prepara uma homenagem à escultora e pintora Maria Freire e o Chile, ao artista Roberto Matta, morto no final do ano passado.

A Bolívia deve mostrar fotografias do francês Pierre Verger, que registrou o Carnaval de Oruro, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

O gravador paulista Lívio Abramo terá uma mostra pelo Paraguai, país para o qual se mudou nos anos 60 e viveu até a morte em 1992.

Olhar de fora
O último segmento da Bienal é a "Mostra Transversal", com 12 artistas ainda não divulgados e de países fora do eixo do Mercosul.

Eles foram convidados para trazer trabalhos inéditos e inspirados no percurso de Simón Bolívar - libertador venezuelano que conquistou metade do continente sul-americano.

"A idéia era sair desse clube fechado e poder ter países como os Estados Unidos, Alemanha, Venezuela, Peru. Será a visão do estrangeiro sobre as propostas e as obras da Bienal", explicou Aguilar.

Segundo ele, o único trabalho que não será inédito são as fotografias do peruano Martin Chambi (1891-1973), considerado o Henri Cartier-Bresson inca.

Com curadoria de Alfons Hug, também responsável pela Bienal de São Paulo, a "Transversal" estará espalhada por todos os espaços do evento, dividida em pequenos núcleos ao lado das outras mostras.
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Reuters

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