A história por trás da capa do melhor disco do Black Sabbath, ‘Heaven and Hell’
Sim, a história é boa, mas talvez seja estranho ouvir que ‘H&H’ seja apontado no topo da obra
A foto da capa do disco de 1980, primeiro com o vocalista Ronnie James Dio a substituir Ozzy Osbourne, vem da foto acima. É uma imagem de estudantes vestidas de anjo em polaróide tirada em 1928 - quase 100 anos hoje mas pouco mais que a metade disso quando o disco foi lançado (bizarro pensar nessas réguas de tempo, né? Mas voltemos ao que interessa.)
O artista Lynn Curlee usou a foto para criar a clássica ilustração da capa. E eu disse que é o melhor disco do Black Sabbath e já me corrijo - o Black Sabbath tem duas vidas distintas como a maior banda de heavy metal de todos os tempos.
Minha caneca e camiseta com a frase de Henry Rollins, “You can only trust yourself and the six first Black Sabbath albums” não me deixam mentir.
Os seis primeiros são realmente insuperáveis, só que o Black Sabbath com Dio é outra banda. Ironicamente tão boa quanto a primeira.
Ozzy cantava sobre riffs; Dio cantava sobre acordes. Tecnicamente Dio era melhor, mas dá para imaginar os oito primeiros discos do Black Sabbath 1 sem a assinatura vocal de Ozzy?
E dá para imaginar uma coleção de músicas que supere “Neon Knights”, “Children of the Sea”, “Lady Evil”, “Heaven and Hell”, “Wishing Well”, “Die Young”, “Walk Away” e “Lonely is the World”?
Ok que o álbum dá uma leve, bem leve, derrapada em “Lonely is the World”, mas a banda também já o fizera com “Wicked World”, “Who are You?”, “The Writ”, que, aliás, são bem mais chatinhas.
Veja que deixo de fora da comparação os sétimo e oitavo discos ainda com Ozzy, “Technical Ecstasy” e “Never Say Die”, mesmo que considere o último subestimado por fãs e crítica.
Enfim, acho que entende o ponto que queria colocar.
E:
1. a capa do “Heaven and Hell” é mais legal do que todas da fase 1 do grupo;
2. Se tivesse que salvar do incêndio um disco apenas entre todos do Sabbath, seria o “Heaven and Hell” (capa original reproduzida abaixo).