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2021: O ano em que o rock do Maneskin conquistou mundo

Banda italiana ganhou visibilidade e ficou no topo das paradas

28 dez 2021 - 15h33
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Por Luciana Ribeiro - "I'm beggin', beggin' you... So put your loving hand out, baby" ("Estou implorando, implorando para você... Então estenda sua mão carinhosa, amor"). Os primeiros versos da música "Beggin" viralizaram na web em 2021 e marcaram o retorno do rock às paradas mundiais, consagrando a banda italiana Maneskin como um dos grandes nomes da atualidade.

2021: O ano em que o rock do Maneskin conquistou mundo
2021: O ano em que o rock do Maneskin conquistou mundo
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Apesar de o hit ser um cover - a faixa original é do grupo The Four Seasons -, a performance dos romanos fez o quarteto alcançar o primeiro lugar no top 50 global do Spotify.

Para o produtor musical brasileiro Peres Kenji, o sucesso meteórico dos roqueiros se deu muito pelo fato de que "hoje em dia, com todas as pessoas conectadas, músicas viralizando nas redes, a banda soube aproveitar muito bem a exposição que teve".

"Fizeram um trabalho de base muito bem feito e, quando houve a oportunidade, explodiram", acrescenta.

O quarteto surgiu em Roma, em 2015, e, desde então, já lançou dois álbuns e um EP. Dois anos depois da fundação da banda, Damiano David (vocal), Victoria De Angelis (baixo), Thomas Raggi (guitarra) e Ethan Torchio (bateria) disputaram a versão italiana do reality de calouros "X Factor", ficando na segunda posição e obtendo um contrato com a Sony Music da Itália.

No entanto, o sucesso global veio depois das vitórias no Festival de Sanremo e no Eurovision, com a canção "Zitti e Buoni". "O Maneskin resgata um lado muito interessante do rock, com melodias diretas e um visual cheio de identidade. Prato cheio pra inspirar toda uma nova geração", explica Kenji à ANSA.

Com um repertório dividido entre covers e músicas autorais, o grupo cheio de estilo conseguiu levar outras duas faixas ao top 20 geral do Spotify e fazer novas versões de "Somebody told me", do grupo The Killers, e até uma de "Let's Get It Started", do Black Eyed Peas.

Suas músicas trazem relatos sobre uma caminhada sem rumo pela noite italiana ("Zitti e buoni"), paixões melancólicas ("Torna a casa"), a ansiedade de ter 20 anos na pandemia ("Vent'anni") ou a pluralidade em uma pessoa só ("I wanna be your slave").

Assim como a última canção, a ideia de diversidade é defendida pela banda e já foi exaltada no palco. Em junho passado, o vocalista e o guitarrista do Maneskin protagonizaram um "beijaço" durante uma transmissão na TV pública da Polônia, país contrário aos direitos da comunidade LGBTQIA+.

A banda também conquistou recentemente o prêmio de melhor grupo de rock no MTV Europe Music Awards, superando Coldplay, Foo Fighters, The Killers, Imagine Dragons e Kings of Leon. Além disso, foi confirmada pela primeira vez no Rock in Rio, onde se apresentará no Palco Mundo, em 8 de setembro de 2022, no mesmo dia em que a banda norte-americana Guns N'Roses.

A cereja do bolo foi a abertura de um show dos Rolling Stones em Las Vegas, com direito a elogios entusiasmados de Mick Jagger.

"Simplesmente abriram o show da maior banda de rock ainda na ativa. Com isso, vem um 'selo de qualidade' junto", diz Kenji.

Apesar do sucesso meteórico, o Maneskin precisará ter cautela para continuar se inovando "sob a pressão" da indústria musical.

Para Kenji, a "liberdade artística deve sempre estar presente na hora de compor", mas a "pressão pode ser inimiga da criatividade nesse momento", porque "primeiro temos de gostar do que estamos compondo, antes de especular se vai ser hit ou não".

Por fim, os quatro jovens italianos precisam "entender que ninguém se mantém no topo o tempo todo". "Creio que a maior conquista é construir uma carreira duradoura e estruturada", conclui Kenji.

Ansa - Brasil   
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