CCBB Rio lidera lista de mostras mais visitadas no mundo
O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB Rio) liderou em 2015 a lista de exposições pós-impressionistas e modernas mais visitadas do mundo, de acordo com o ranking anual publicado no site The Art Newspaper. É o terceiro ano consecutivo em que o CCBB aparece na lista das dez mais desse segmento que, em 2015, traz nada menos do que cinco exposições realizadas no Brasil: duas no centro do Rio de Janeiro, uma no de São Paulo, uma no de Brasília e uma no Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista.
A mostra pós-impressionista e moderna mais visitada em 2015 foi Picasso e a modernidade espanhola, realizada no CCBB Rio de Janeiro, que teve mais de 620 mil visitantes, com média diária de 9,5 mil pessoas. O centro carioca também ocupa a segunda posição no ranking, com Kandinsky: Tudo começa num ponto: foram cerca de 442 mil visitantes, com média de 8,2 mil pessoas por dia.
Os CCBBs de Brasília e São Paulo aparecem na relação, com a sexta e décima exposição mais visitada, respectivamente. Brasília recebeu aproximadamente 241 mil visitantes (média diária de 4.697 pessoas) para ver a montagem local da exposição de Kandinsky, enquanto cerca de 235 mil visitantes (média de 3.592 pessoas por dia) estiveram no CCBB São Paulo para acompanhar a mostra Picasso e a modernidade espanhola.
Em terceiro lugar no ranking está a exposição de Salvador Dalí, no Instituto Tomie Ohtake (SP), com 537 mil visitantes e média diária de 7.281 pessoas. Vale lembrar que em 2014, a mesma exposição do artista catalão, exibida no CCBB-Rio, foi a mostra mais visitada do mundo no segmento de arte pós-impressionista e moderna, com público total de 973 mil pessoas e média diária de 9.782.
Em 2015, o CCBB Rio de Janeiro também entrou no ranking no segmento de exposições contemporâneas. A mostra Projeto Oir – My city, de Song Dong ficou na sétima posição, com cerca de 101 mil visitantes, média de 4.856 pessoas por dia, em menos de um mês – entre 12 de setembro e 5 de outubro.
“A posição de nossas mostras no ranking do ArtNewspaper projeta o Rio de Janeiro internacionalmente e firma a cidade no circuito das grandes exposições internacionais, ao lado de cidades como Paris, Berlim, Roma, Londres, Tokyo e Nova Iorque”, comemora o gerente-geral do CCBB Rio, Fábio Cunha. Segundo ele, esse desempenho reflete o “reconhecimento e visibilidade do Brasil no exterior como potência econômica e cultural”.
Acesso gratuito
Na apresentação do ranking, o The Art Newspaper destaca o fato de os centros culturais mantidos pelo Banco do Brasil continuarem a organizar exposições de alto nível e acesso gratuito, a despeito da crise econômica vivida pelo país. De acordo com Fábio Cunha, a qualidade das mostras não sofrerá alteração em 2016.
“Para o segundo semestre temos programadas uma exposição com grandes nomes do pós-impressionismo e outra do movimento De Stijl, com obras do grande artista plástico Mondrian. A importância e popularidade desses acervos indicam que teremos mais um ano com grande potencial de público interessado em visitar o CCBB”, prevê.
Fábio Cunha considera que a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, nos meses de agosto e setembro, vai atrair ainda mais turistas ao centro cultural. “Acreditamos que, semelhante ao que ocorreu durante a Copa do Mundo, o CCBB Rio receberá um número significativo de turistas”, estima.
No ranking global do The Art Newspaper, que abrange a frequência total a museus e centros culturais do mundo inteiro, não só para exposições temporárias de todos os gêneros de arte, como para o acervo permanente, o CCBB Rio de Janeiro figura em 23º lugar, com público total de 2,289 milhões de visitantes. O CCBB São Paulo está em 47º, com 1,268 milhão de pessoas, e o CCBB Brasília ocupa a 62ª posição, com 1,026 milhão de visitantes.
O museu mais visitado do mundo, de acordo com o ranking, é o Louvre, em Paris, com 8,6 milhões de pessoas em 2015; seguido do British Museum, em Londres, com 6,820 milhões; e do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, com 6,533 milhões de visitantes.