Cinco filmes que marcaram a carreira de Robin Williams
Robin Williams, que morreu nesta segunda-feira aos 63 anos, foi mestre em um vasto espectro de papéis: do humor generoso e até meio inocente a interpretações dramáticas e pesadas.
O papel que colocou o ator em evidência foi o do alienígena Mork, no seriado de TV americano Mork and Mindy, que foi ao ar entre 1978 e 1982 e no qual ele já dava amostras de seu humor cheio de energia.
A partir daí, a carreira do ator foi para o cinema e deslanchou. Escolher as melhores performances é difícil, mas veja abaixo uma pequena seleção dos mais famosos.
Bom Dia, Vietnã (1987)
Williams se estabeleceu como um dos grandes nomes do cinema a partir de 1987, quando estrelou este longa como um apresentador de rádio versátil e piadista que é alistado para apresentar programas na Rádio das Forças Armadas para levantar o moral dos soldados americanos durante a guerra do Vietnã.
"É uma revelação para Williams que, pela primeira vez no cinema, tem a chance de exercitar sua inteligência cômica inquieta e impactante", escreveu um crítico do jornal The New York Times na época do lançamento do longa.
Com este papel, William conquistou a primeira de suas quatro inidicações ao Oscar.
Sociedade dos Poetas Mortos (1989)
A segunda indicação ao Oscar para Williams ocorreu dois anos depois ao interpretar John Keating, um exuberante, carismático e inspirador professor de inglês em uma escola de elite dos Estados Unidos deste filme.
Desta vez, Williams não apresentou apenas o humor doido que conquistou a Academia, o Keating apresentado por Williams pedia aos estudantes para chamá-lo "Oh, Capitão! Meu Capitão!" (a partir de um poema de Walt Whitman) e os ensinava a assumir o controle do próprio destino, além do famoso lema "Carpe Diem", "Aproveite o Dia".
Os críticos aprovaram e, segundo o Los Angeles Times, Keating foi interpretado com "um frenesi lírico-cômico" pelo ator.
Aladdin (1992)
Este longa de animação da Disney não foi apenas um grande sucesso comercial, também se transformou no filme de maior arrecadação de seu ano de lançamento. E o grande destaque desta vez foi a voz de Robin Williams, que dublou o gênio da lâmpada.
O Los Angeles Times afirma que foi depois deste filme que as maiores estrelas de Hollywood começaram a emprestar suas vozes a personagens de filmes de animação.
Os organizadores do prêmio Globo de Ouro decidiram dar a Williams um prêmio especial por "uma interpretação diferente e destacada" que não se encaixava em nenhuma categoria existente.
Uma Babá Quase Perfeita (1993)
Em 1993, Williams usou uma máscara de borracha, um vestido e um sotaque escocês para interpretar a senhora Doubtfire. O personagem era um pai que se disfarçava de babá para passar mais tempo com seus filhos.
Esta comédia mais voltada para a família rendeu a Williams um Globo de Ouro, um American Comedy Award, Kid's Choice Award e MTV Movie Award.
Nos últimos meses, o ator se preparava para retomar este papel em uma continuação que novamente seria dirigida por Chris Columbus.
Gênio Indomável (1997)
Este foi o papel que rendeu um Oscar de melhor ator coadjuvante a Williams em 1998.
Mais velho, mais sábio, menos doido e provando para os críticos que ele também tinha habilidade para papéis mais sérios, Williams interpretou um terapeuta que tratou do protagonista, um faxineiro que também era um gênio em matemática, interpretado por Matt Damon.
Em várias cenas deste filme, pelo qual Damon e Ben Affleck ganharam o Oscar de melhor roteiro original, Williams improvisou os diálogos. E, além do Oscar, o ator também ganhou inúmeros elogios da crítica.