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Conheça o documentarista brasileiro que acompanha guerra entre Israel e Hamas: 'Vi coisas chocantes'

Nos últimos 10 anos, Gabriel Chaim também já cobriu a Guerra Civil na Síria, o Estado Islâmico no Iraque e a Ucrânia

14 nov 2023 - 12h15
(atualizado às 14h06)
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Bombeiros palestinos trabalham em prédio atacado por Israel em Khan Younis 7/11/2023
Bombeiros palestinos trabalham em prédio atacado por Israel em Khan Younis 7/11/2023
Foto: Reuters/Mohammed Salem

O documentarista brasileiro Gabriel Chaim, de 41 anos, é um dos profissionais que hoje acompanham in loco a guerra entre Israel e Hamas. Nos últimos 10 anos, ele também cobriu a Guerra Civil na Síria, o Estado Islâmico no Iraque e a Ucrânia.

Em entrevista a Patricia Kogut, no jornal O Globo, ele afirma que em seu trabalho conhece uma outra realidade. "Me realizo mostrando isso para o mundo. Acho que esse impacto que o público sente gera solidariedade. Eu procuro retratar o que as pessoas não querem enxergar: a maldade e a falta de esperança."

Questionado sobre se sente medo, ele conta que já passou por muitas coisas. "Fiquei muitas vezes perto da morte e vi coisas chocantes. Mas acho esse trabalho importante. E não sei dizer quantas guerras já cobri, porque há guerras dentro das guerras também. É uma outra realidade. Quando estou em campo, sinto também a vida pulsando", declarou.

Quem é Gabriel Chaim?

Natural de Belém, no Pará, ele tem dois filhos, uma menina de 14 anos e um menino de 8 anos que vivem com a mãe em São Paulo. "Morro de saudade deles. Quando estamos juntos, levo na escola, ajudo com o dever de casa, faço as coisas normais de pai. Mas, sempre que volto para a vida cotidiana por muito tempo, me sinto inútil", explicou. 

Atualmente,Chaim fala inglês, italiano, "um pouco de árabe e de curdo". Segundo conta ao jornal, ele viaja bastante e precisa renovar o passaporte duas vezes por ano, por causa do número de carimbos.

Desde o início de outubro, ele está em Tel Aviv, em Israel, sua base. Chaim faz reportagens diárias para a TV Globo e a GloboNews. Em sua carreira, ele já foi premiado diversas vezes. Entre os prêmios, dois de seus trabalhos para a CNN americana já levaram o Emmy de jornalismo.

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Carreira

Antes de ser documentarista, no entanto, ele tentou outros caminhos profissionais. Fez o vestibular para Economia em Belém, na sequência se mudou para o Rio de Janeiro para cursar Direito, trocou o curso pela Publicidade e depois por Cinema. Também já abriu uma sorveteria e um bar, que não deram certo. 

Ele se mudou para São Paulo para estudar Gastronomia, mas no último semestre largou e foi morar em Spello, na Itália, para trabalhar em um restaurante com um amigo. Conforme relata, o emprego era ruim e logo ele soube de uma vaga em um restaurante em Dubai e conseguiu o trabalho.

"O salário era ótimo. E comecei a viajar para longe. Fui de trem para Turquia, Hungria, Sérvia e Bulgária. Passei pelo Irã. Conheci um campo de refugiados no Afeganistão, e aquela realidade atraiu meu olhar", lembra. Nessa época, ele já era fotógrafo também e fotografava comidas.

Depois de juntar um dinheiro, ele foi para a Jordania em um campo de refugiados de Zaatari e passou dois meses fotografando e filmando. Em 2013, ele estava no Egito quando aconteceu o golpe que depôs Mohamed Mursi.

"Cobri o golpe para uma revista e rolava a Guerra Civil na Síria. Ninguém entrava lá. E eu consegui chegar a Aleppo. Fiquei abrigado dentro de um ambulatório. Me deslocava atravessando os postos de controle do Estado Islâmico. Foi minha primeira experiência exposto aos horrores de uma guerra de forma brutal. Depois de três meses muito significativos, saí de lá outra pessoa. Vendi material para a TV americana. E, em 2013, o Fantástico comprou minha produção", conta. Desde então, Chaim passou ainda a produzir regularmente para a GloboNews.

Durante a pandemia, ele também estava no Iraque e passou cinco meses acompanhando o cotidiano de um hospital de Bagdá e fez um documentário para a BBC.

Fonte: Redação Terra
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