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Cristóvão Colombo era espanhol e judeu, revela novo estudo

O famoso explorador Cristóvão Colombo era provavelmente espanhol e judeu, de acordo com um novo estudo genético conduzido por cientistas espanhóis que pretendia lançar luz sobre um mistério secular.

13 out 2024 - 17h47
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Cristóvão Colombo chegou às Américas em 1492, iniciando um período de contato europeu com a região
Cristóvão Colombo chegou às Américas em 1492, iniciando um período de contato europeu com a região
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O famoso explorador Cristóvão Colombo era provavelmente espanhol e judeu, de acordo com um novo estudo genético conduzido por cientistas espanhóis que pretendia lançar luz sobre um mistério secular.

Os cientistas acreditam que o explorador, cuja expedição através do Atlântico em 1492 mudou o curso da história mundial, provavelmente nasceu na Europa Ocidental, possivelmente na cidade de Valência.

Os pesquisadores acreditam que ele escondeu sua identidade judaica, ou se converteu ao catolicismo, para escapar à perseguição religiosa.

O estudo do DNA contradiz a teoria tradicional, questionada por muitos historiadores, de que o explorador era um italiano de Gênova.

Colombo liderou uma expedição apoiada pelos Reis Católicos de Espanha que procurava estabelecer uma nova rota para a Ásia - mas em vez disso chegou às Ilhas de Caraíbas, também conhecidas como Antilhas, na América Central.

A sua chegada ali marcou o início de um período de contato europeu com as Américas, que levaria à conquista e à colonização - e à morte de muitos milhões de povos indígenas devido a doenças e à guerra, e também à escravização de africanos.

Os países discutem há anos sobre a origem do explorador, com muitos reivindicando o explorador como um dos seus.

Estima-se que existam 25 teorias conflitantes sobre seu local de nascimento de Cristóvão Colombo, incluindo Polônia, Grã-Bretanha, Grécia, Portugal, Hungria e Escandinávia.

Essas novas descobertas são baseadas em mais de duas décadas de pesquisa.

O estudo começou em 2003, quando José Antonio Lorente, professor de Medicina legal da Universidade de Granada, e o historiador Marcial Castro, exumaram o que se acreditava serem os restos mortais de Colombo, que estavam na Catedral de Sevilha.

Colombo morreu na cidade espanhola de Valladolid em 1506, mas desejava ser enterrado na ilha caribenha de Hispaniola. Seus restos mortais foram levados para lá em 1542, mas séculos depois foram transferidos para Cuba antes de serem finalmente sepultados em Sevilha.

Os pesquisadores também coletaram amostras de DNA da tumba e dos ossos do filho de Colombo, Hernando, e do irmão, Diego.

Desde então, os cientistas compararam essa informação genética com a de figuras históricas e familiares do explorador, a fim de tentar resolver o mistério.

A teoria anteriormente amplamente aceita era que Colombo nasceu em Gênova, na Itália, em 1451, em uma família de tecelões.

Mas agora acredita-se que ele nasceu em Espanha - provavelmente em Valência - e era judeu. Os pesquisadores acham que ele escondeu sua origem para evitar perseguição.

Cerca de 300 mil judeus praticantes viviam na Espanha naquela época, antes de, juntamente com os muçulmanos, terem sido ordenados a converter-se ao catolicismo ou a deixar o país em 1492, ano em que Colombo desembarcou nas Américas.

Ao anunciar os resultados do estudo no documentário Columbus DNA: His True Origin (O DNA de Colombo: Sua verdadeira origem), o professor Lorente disse que eles eram "quase absolutamente confiáveis".

O programa - que foi ao ar na emissora nacional espanhola RTVE na noite de sábado - coincidiu com o Dia Nacional da Espanha.

O dia celebra a chegada do explorador às Américas.

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