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Curta sobre imigração indicado ao Oscar tem DNA ítalo-brasileiro

Andrea Gavazzi nasceu em SP e dirigiu fotografia de 'A Lien'

24 jan 2025 - 13h56
(atualizado às 14h41)
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Um italiano nascido no Brasil é o diretor de fotografia de uma produção indicada ao Oscar de melhor curta-metragem em 2025: Andrea Gavazzi, que trabalhou em "A Lien", dos irmãos Sam e David Cutler-Kreutz.

    A obra de 14 minutos conta a história de um casal que enfrenta problemas com a agência de imigração dos Estados Unidos quando o homem, de origem latina e casado com uma americana, solicita o "Green Card", tema em alta após o retorno de Donald Trump à Casa Branca e suas promessas de deportação em massa.

    "Quando meu amigo Sam me passou o roteiro desse projeto feito com o irmão dele, algo se moveu dentro de mim. Eu também emigrei para os Estados Unidos há 10 anos, então sei muito bem o quão complicado e cruel o sistema pode se tornar", diz Gavazzi em entrevista à ANSA em Park City, em Utah, à margem do Festival Sundance.

    "Eu nasci em São Paulo, porque meu pai é metade brasileiro. Quando nos mudamos para Roma, eu tinha sete anos", acrescenta o diretor de fotografia, hoje com 34. "A Lien" é ambientado antes da pandemia de Covid-19, quando Trump estava em seu primeiro mandato, mas foi filmado em 2023.

    "Não imaginávamos um retorno dele à Casa Branca e que o tema da separação das famílias com base no status migratório voltasse à pauta", conta Gavazzi. Segundo ele, tratava-se de um projeto "minúsculo e bastante independente, feito em família".

    "Alien" é a palavra que a burocracia americana usa para dizer "estrangeiro", enquanto "lien" significa "penhora", ou algo que é mantido sob custódia na expectativa do pagamento de uma dívida.

    A fotografia de Gavazzi é fundamental para comunicar ao espectador, sem explicitar com diálogos, a situação de risco em que se encontram a esposa, o marido e a filha de cinco anos do casal.

    "Escolhemos um estilo de filmagem quase claustrofóbico, com a câmera na mão seguindo os atores bem de perto. Queríamos transmitir o quão injusto e louco é tudo isso. Talvez seja por isso que os membros da Academia gostaram tanto", ressalta.

    Os outros indicados ao Oscar de melhor curta-metragem são "Anuja", de Adam Graves e Suchitra Mattai; "The Last Ranger", de Cindy Lee e Darwin Shaw; "The Man Who Could Not Remain Silent"; de Nebojsa Slijepcevic e Danijel Pek; e "I'm Not a Robot", de Victoria Warmerdam e Trent. .

Ansa - Brasil
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