O Festival O Boticário na Dança (OBND) tem criado uma nova tradição: a dos ingressos esgotados antecipadamente. Em São Paulo, as vendas foram encerradas há cerca de duas semanas. Mas, no Rio de Janeiro ainda é possível comprar ingressos pela internet e na bilheteria do teatro para os espetáculos no Theatro Municipal carioca.
Segundo a gerência de comunicação do Grupo Boticário, devido ao fato de São Paulo concentrar um dos maiores públicos de dança no país o Festival OBND se tornou um evento esperado pelos amantes do gênero. “O sucesso do Festival OBND se dá pela criteriosa escolha das companhias e os ingressos a preços populares, que torna o evento acessível para todos os públicos e estimula a formação de plateia”, justifica.
As atrações internacionais Michael Clark Company, o dueto de Akram Khan e Israel Galván e o Cullberg Ballet até o momento são os mais procurados pelos cariocas, segundo informações dos organizadores. Pelas estimativas, como ocorrido em SP, o espetáculo "Torobaka" deve se esgotar primeiro.
No Rio, o Festival OBND será realizado de 7 a 10 de maio e apresenta as companhias nacionais Cia. Antonio Nóbrega de Dança, com a estreia de "Pai", e o Balé da Cidade de São Paulo, que há doze anos não se apresenta na Cidade Maravilhosa.
A programação completa e o link para comprar ingressos das sessões cariocas podem ser encontrados no www.oboticario.com.br/danca.
Fundado em 1967 pela coreógrafa Birgit Cullberg, o Cullberg Ballet ser apresenta em todo o mundo e já se consolidou como uma das maiores forças da exposição internacional da cultura sueca. Atualmente é formada por 16 bailarinos de vários países. Para o Festival O Boticário na Dança 2015, traz o espetáculo “11th Floor” (“Décimo Primeiro Andar”), de Édouard Lock, criado especialmente para o Cullberg Ballet. O trabalho é inspirado pelo jazz e pelos filmes noir da década de 1950
Foto: Divulgação
Desde 1984, quando fundou sua própria companhia, Michael Clark viaja o mundo com performances que mesclam elementos de punk, dada, pop e rock. Seus espetáculos rompem as fronteiras entre balé clássico e dança contemporânea, mesclando elementos de moda, música e artes visuais. “Animal/Vegetable/Mineral”, produção lançada em 2013, será exibida em São Paulo e no Rio. O grupo apresenta também em São Paulo “Come, Been and Gone”, inspirado nas músicas do astro musical David Bowie
Foto: Hugo Glendinning / Divulgação
Akram Khan é um dos coreógrafos mais aclamados de sua geração na Grã-Bretanha, combinando nos seus espetáculos dança contemporânea e suas raízes indianas. Em 2012, foi escolhido para coreografar uma seção da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Israel Galván los Reyes cresceu na atmosfera de tablados, festas e academias de dança flamenca. Além de ter liderado uma revolução na concepção de espetáculo de flamenco, colabora em projetos diversos e com artistas dos estilos mais variados. Juntos apresentam o espetáculo “Torobaka”, criação conjunta que mescla as experiências de ambos
Foto: Jean Louis Fernandez / Divulgação
Criado em 1968, o Balé da Cidade de São Paulo surgiu com a proposta de acompanhar as óperas do Theatro Municipal e se apresentar com obras do repertório clássico. Em 1974, assumiu o perfil de dança contemporânea e tornou-se destaque no cenário da dança internacional, com múltiplas turnês europeias aclamadas por crítica e público. Duas produções serão apresentadas noFestival O Boticário na Dança 2015: “Cantata”, homenagem à cultura italiana e à tradição musical e “Cacti” (foto), criada originalmente para o Netherlands Dans Theater, em Haia (Holanda)
Foto: Sylvia Masini / Divulgação
Oficialmente criada em 2011, a Cia. Antonio Nóbrega de Dança atua na prática desde 2007 com o espetáculo “Passo”. Tem também em sua trajetória as obras “Naturalmente” (2009) – trabalho coreográfico para o filme “Brincante” (2011) – e “Húmus” (2012). “Uizinga”, a nova produção do grupo, tem estreia mundial no Festival O Boticário na Dança 2015. Como é marca da obra de Nóbrega, o caráter lúdico da cultura popular se mostra presente, numa releitura de trabalhos antigos a partir de novos olhares
Foto: Silvia Machado / Divulgação
Roseli Rodrigues batizou sua companhia de Grupo Raça inspirada na garra expressa pela canção “Raça”, de Milton Nascimento. Nos anos 1980, o Raça se firmou no cenário da dança do Brasil como um dos mais importantes grupos de jazz dance e referência em dança contemporânea. “Tango Sob Dois Olhares”, que será apresentada no Festival O Boticário na Dança 2015, mescla a tradição argentina com a dança contemporânea para criar uma dança fluida e emocional