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Tradições revisitadas marcam noite de sexta no Festival OBND

Enquanto no palco do Ibirapuera só deu Brasil, com Nóbrega, o Rio recebeu a mescla única de Índia e Espanha de Akram Khan e Israel Galván

9 mai 2015 - 17h52
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São Paulo recebeu a contagiante energia das raízes brasileiras. E o Rio de Janeiro foi impregnado pela mescla da cultura cigana – o flamenco – e do kathak, da Índia. A sexta-feira (8) desta terceira edição do Festival O Boticário na Dança não poderia ser mais instigante – e diversificada. 

Nóbrega em uma cena da estreia mundial de seu novo espetáculo: "PAI"
Nóbrega em uma cena da estreia mundial de seu novo espetáculo: "PAI"
Foto: Gabriela Portilho / Cross Content

Com a estreia mundial de “PAI”, no Auditório Ibirapuera, Antonio Nóbrega emocionou muita gente ao provocar reflexões, mas também brincar, com as nossas tradições. “Não tinha como não me emocionar”, disse o diretor teatral e de novelas Nilton Travesso, após o espetáculo.

O bailarino levou ao teatro um público fiel, que o conhece de longa data. "Sou apaixonada pelo trabalho do Nóbrega”, afirmou a atriz e também bailarina Clarisse Abujamra. "Ele tem raízes bem brasileiras e uma universalidade que transcende", analisa. Mas o espetáculo também atraiu um público novo e interessado. "Viemos por curiosidade, para conhecer o trabalho dele", diz a secretária Graciela Gerewolf, que estava com a sobrinha, a administradora Débora.

Nóbrega atuou acompanhado por um elenco de sete dançarinos, que alternaram diversos ritmos legitimamente brasileiros e mostraram o virtuosismo da capoeira e do frevo. O espetáculo traz um lado lúdico da dança e uma trilha sonora impregnada de musicalidade dos afrodescendentes, com um figurino que mostra também influência da cultura ibérica sobre nosso País. 

Ao final, 13 convidados se juntaram ao elenco no palco para dançar uma ciranda. Enquanto rodavam, as cortinas se fecharam encerrando o emocionante encontro do público com suas memórias e raízes culturais.

Química e louvor

Enquanto isso, no Rio, Akram Khan e Israel Galván proporcionaram uma rica mistura de histórias distintas com um objetivo único: louvar a herança cultural que carregam pela música, teatro e dança. 

Essa química, proposta central de “Torobaka”, ganhou por aqui um componente a mais: um público acostumado a uma riqueza musical única. “O Brasil é um país muito rítmico”, disse Galván. A calorosa acolhida que a dupla recebeu em São Paulo no dia 6, com aplausos em cena aberta e minutos de palmas da plateia, em pé, se repetiu também no Rio na sexta.

Últimos dias

A terceira edição do Festival O Boticário na Dança continua neste sábado (9). No Theatro Municipal, no Rio, a apresentação será do Cullberg Ballet, da Suécia, com “11th Floor”. Em São Paulo, será a vez da Michael Clark Company, com “animal / vegetable / mineral”, no Auditório Ibirapuera. 

Domingo (10) é o último dia de espetáculos do Festival. O Ibirapuera recebe a Raça Cia. de Dança e a Michael Clark Company para apresentações gratuitas para o público do parque, ao ar livre, às 18h. No Rio, a apresentação final, no Theatro Municipal, será do Balé da Cidade de São Paulo.

Os ingressos para São Paulo já estão esgotados, mas continuam à venda para as apresentações do Rio. 

Festival O Boticário na Dança 

6 a 10 de maio, São Paulo 

7 a 10 de maio, Rio de Janeiro 

Programação completa e ingressos em boticario.com.br/danca

Fonte: Cross Content
Fonte: Terra
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