'Datemi Un Martello' é minha marca no Brasil, diz Rita Pavone
Cantora italiana fará shows em SP e Rio nesta semana
Por Luciana Ribeiro - Considerada uma das artistas internacionais de maior sucesso na Itália e no mundo nos anos 1960, a cantora italiana Rita Pavone retorna ao Brasil após quase três décadas para relembrar as principais canções de sua carreira. "É verdade que estou longe do Brasil desde 1987. Minha última turnê durou sete dias e passou pelo Palácio de São Paulo, depois Belo Horizonte e, finalmente, no Rio. É muito legal [voltar ao território brasileiro], explicou Pavone à ANSA.
Fã confessa do país latino, a cantora, de 72 anos, possui seguidores fiéis pelo país desde quando lançou o maior sucesso de sua carreira: "Datemi Un Martello", em 1964. "Essa música foi um grande sucesso em muitos países, mas só no Brasil ela se tornou a minha canção de assinatura", ressaltou.
Além disso, a italiana garante que os fãs brasileiros são totalmente diferentes dos espalhados pelo mundo inteiro. "Se eles não existissem, teriam que ser inventados".
Nascida em Turim em 23 de agosto de 1945, Rita Pavone alcançou a fama quando tinha apenas 17 anos, exatamente em 1 de setembro de 1962, quando participou e venceu a primeira edição de "La Festa degli Sconosciuti", em Roma, organizada pelo produtor musical Teddy Reno e patrocinada pela RCA Italiana. Desde então, a artista vendeu mais de 50 milhões de discos graças a hits como "La partita di pallone", "Il ballo del mattone", "Come te non c'è nessuno", "Alla mia età", "Fortissimo", " Che m'importa del mondo ""Cuore", "Geghegè", "Lui ", "Questo nostro amore".
Ao longo de sua carreira, a música brasileira também serviu de inspiração para Pavone. "Sempre amei a Elis Regina, com quem tive a honra de dividir o palco em 1970, quando estava grávida de Maria Rita. Mas eu gosto muito de Milton De Nascimento, Rita Lee, [Daniela] Mercury, [Tom] Jobim, Maria Bethânia, [Ivan] Lins", conta.
Em seu disco mais recente, "Masters", lançado em 2013, a italiana apresenta 30 faixas com músicas inéditas e regravações, nas quais homenageia alguns de seus ídolos, como "Fats Domino", Bobby Darin, Tony Bennett, Burt Bacharach, entre outros. "Há uma canção em 'Masters', com o título 'Ho tolto il make up', cujo texto foi escrito por um dos autores mais importantes da Itália, Enrico Ruggeri, que reflete exatamente o meu amor por cantar", declarou Pavone, que ficou afastada dos palcos de 2005 a 2013.
Nesse período, ela chegou a se candidatar ao Senado italiano, mas não foi eleita e saiu decepcionada do pleito. Para a cantora, "a política é água suja", lugar que "não quer colocar as mãos" nunca mais. Neste ano, depois de passar por Porto Alegre e Curitiba, a italiana completa sua turnê no Brasil nos próximos dias 17 de maio, no Tom Brasil, em São Paulo, e 19, no Vivo Rio, no Rio de Janeiro.