De Tim Maia a Foxcatcher, veja filmes biográficos polêmicos
Passando por 'Alexandre' e 'Aliyah', relembre algumas das produções criticadas na última década
Biografias são queridinhas de Hollywood. É raro um ano que em não tenhamos, por exemplo, nenhum filme filme biográfico indicado ao Oscar. Em 2015 não é diferente. Livre, O Jogo da Imitação, Selma, Mr. Turner, Foxcacatcher e A Teoria de Tudo são alguns dos indicados em diversas categorias.
Siga Terra Diversão no Twitter
Mas contar uma história real nem sempre é sinônimo de sucesso. Alguns filmes não só fracassam ao tentar resgatar os acontecimentos na vida de uma figura importante, como podem até gerar conflitos entre biógrafos, familiares e cineastas.
Vejas algumas das produções que foram criticadas na última década:
Tim Maia: O Filme
Fotos: Reprodução
Normalmente, é a história do protagonista de um filme biográfico que costuma criar polêmicas, mas no caso de Tim Maia: O Filme, a "confusão" ficou por conta de um coadjuvante. No corte original do longa, Roberto Carlos é retratado sem ressalvas, mostrando inclusive a falta de atenção do rei com Tim Maia quando sua carreira já estava mais estourada que a do amigo "Tião".
Até aí tudo bem, mas a parte "sincerona" do filme não foi incluída no documentário exibido pela Globo, que misturou entrevistas e trechos da produção, deixando de lado a cena em que Roberto se limita a pedir que um segurança jogue um dinheiro para Tim Maia. O diretor Mauro Lima até pediu para que as pessoas não assistam à versão transmitida pela emissora.
Foxcatcher: Uma História que Chocou O Mundo
Com cinco indicações ao Oscar deste ano, Foxcatcher tem data de estreia prevista para o dia 22 de janeiro no Brasil, mas nos Estados Unidos já rendeu polêmica. A controvérsia, que pode ser esquecida graças à atuação intensa de Steve Carrell como o milionário excêntrico John Du Pont, começou quando o ex-lutador olímpico Mark Schultz, cuja história é contada no longa, insultou o diretor Bennett Miller (de Capote e Moneyball).
Depois de apoiar publicamente o filme e chamar Miller de "gênio", Mark ficou revoltado com críticas que insinuavam uma possível tensão sexual entre ele e o mentor, que o ajudou a competir e se consagrar nas Olimpíadas de 1988, mas exercia um controle absurdo sobre sua vida. O ex-atleta disse que odeia o filme, o diretor e que gostaria de destruiur sua carreira. Pesado.
A Mulher de Ferro
A escolha de Meryl Streep para viver a ex-Primeira Ministra da Inglaterra foi certeira e rendeu mais um Oscar à atriz, mas isso não impediu que o filme fosse criticado por mostrar pouquíssimo da antipatia que o povo britânica sentia pela líder, que esteve no poder entre 1979 e 1990.
Focado nos desafios de Thatcher enquanto mulher em um ambiente dominado por homens, o filme foi considerado limitado e feito com o único objetivo de enaltecer a atuação de Streep. Golpe baixo?
Alexandre
Como se não bastasse o loiro exagerado dos cabelos de Colin Farrell, outros detalhes incomodaram os espectadores do filme de Oliver Stone, que narra a história de Alexandre, O Grande, rei da Macedônia e um dos maiores líderes de exércitos do mundo antigo. Muitos historiadores questionaram diversos equívocos do filme, como a batalha dos gregos contra persas.
Sem contar na escolha de Angelina Jolie no papel de Olympias, mãe de Alexandre. Detalhe: ela e Colin Farrell têm apenas um ano de diferença de idade.
Aaliyah
O filme biográfico sobre a trajetória da cantora pop Aaliyah demorou mais de uma década para vir a público, e quando veio foi decepcionante. Considerada a "princesa do R&B", Aliyah morreu aos 22 anos em um acidente de avião nas Bahamas, depois de gravar o clipe da música Rock The Boat. O filme que faria jus à sua história não teve a aprovação da família e amargou no canal Lifetime.
O longa não só não conseguiu capturar a personalidade da cantora, como romantizou sua história a tal ponto, que ficou impossível imaginar que ela era uma pessoa de verdade, com drama reais.
The Runaways
Apesar das performances elogiadas (na autação e nos covers) de Dakota Fanning e Kristen Stewart, o filme de Flora Sigismondi falhou em retratar fielmente a ascensão de uma das maiores bandas de rock totalmente composta por garotas. Especializada em videoclipes, a cineasta fez com que seu filme também não passasse disso.
Deixando de lado a atuação fantástica de Michael Shannon como o produtor Kim Fowley, falecido na última sexta-feira (16), o maior "buzz" envolvendo o lançamento em 2010 foi por conta de um beijo - de dois segundos e no escuro - entre as duas atrizes principais.
J. Edgar
Como um filme de dois monstros como Clint Eastwood e Leonardo DiCaprio poderia estar nessa lista? É possível. Apesar da produção grandiosa e da escolha por retratar uma história tão rica quanto a de John Edgar Hoover, o primeiro diretor do FBI, o longa não deu conta de convencer muitos espectadores de que não havia mais o que contar.
Conhecido por ter ações pouco ortodoxas em nome da polícia federal americana, que incluíam chantagem e ameaças na maioria das vezes, o personagem foi construído por um DiCaprio dedicado e cheio de maquiagem, mas uma série de histórias ficaram mal explicadas.