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Djin Sganzerla protagoniza Nelson Rodrigues e exalta força do teatro: 'Experiência física'

Em entrevista à CARAS Brasil, Djin Sganzerla detalha trabalho na peça Vestido de Noiva e conta como foi encenar sob direção da mãe, Helena Ignez

17 nov 2024 - 07h00
(atualizado em 18/11/2024 às 10h01)
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A atriz Djin Sganzerla em cena no espetáculo Vestido de Noiva
A atriz Djin Sganzerla em cena no espetáculo Vestido de Noiva
Foto: Ale Catan / Caras Brasil

É interpretando Alaíde que Djin Sganzerla (47) trabalha ao lado da mãe, Helena Ignez (82), no espetáculo Vestido de Noiva. Na pele da protagonista, a atriz exalta a generosidade da matriarca, que dirige o espetáculo, e encontra formas de tornar o texto clássico de Nelson Rodrigues (1912-1980) ainda mais atual. 

"Eu não quis compor uma Alaíde frágil, isso foi minha escolha", conta Djin Sganzerla, em entrevista à CARAS Brasil. "Eu a via como uma mulher que não tinha voz. [Agora, faço] apenas uma leitura, não mudei nada no texto, é simplesmente a forma de atuar e construir essa personagem."

A trama é dividida em três planos: realidade, memória e alucinação. Eles mostram a protagonista vivendo uma trágica história de amor com Pedro (Jiddu Pinheiro) e tendo a irmã, Lúcia (Simone Spoladore) como rival. A história de Alaíde se entrelaça com a de Madame Clessi, que a ajuda a reorganizar sua mente após um atropelamento.

A cineasta conta que a adaptação da mãe trouxe também toques dela e dos atores escolhidos para reencenar a peça que revolucionou o teatro brasileiro. "A minha Alaíde tem o próprio sangue da minha mãe, está no meu gene essa mulher visionária, libertária e transgressora, mas, ao mesmo tempo, é completamente a Djin, que faz um cinema completamente diferente do que o da minha mãe faz."

"Ela tem uma identidade própria, não tento seguir o caminho dos meus pais. Ela me deu a possibilidade de construir uma Alaíde que eu enxergava. Falamos de mulheres que querem encontrar sua própria identidade e serem protagonistas de suas próprias vidas", completa a atriz.

Foto: Ale Catan
Foto: Ale Catan
Foto: Ale Catan
Foto: Ale Catan

Sganzerla ainda diz que, apesar de o texto do autor receber críticas atualmente, ele continua sendo contemporâneo. "Da forma dele, naquela época, ele escreve um texto absolutamente feminino e feminista. Ele defende as mulheres. Minha mãe foi rigorosa, em relação ao que é Vestido de Noiva escrito por Nelson Rodrigues. Tudo ainda continua atual."

Ela acrescenta ao dizer que a peça está sendo apresentada em um momento em que o teatro está ainda mais valorizado pelo público brasileiro. A atriz diz que, diferente do cinema, o trabalho teatral é capaz de entregar uma experiência única para o público. "O teatro é vivo, é uma experiência física."

Para o futuro, Sganzerla planeja lançar seu segundo longa-metragem como diretora. Intitulado Eclipse, o filme conta a história de uma astrônoma, e envolve o mundo tecnológico e cenários entre São Paulo e o Pantanal. "É é um thriller feminino, meio feminista. Será lançado ano que vem", diz, sobre o projeto que conta com nomes como Sergio Guizé (44), Luís Melo (67) e Clarisse Abujamra (76) no elenco.

Com realização do SESC SP, a nova montagem de Vestido de Noiva acontece às sextas e sábados às 20h e domingos às 18h, até 8 de dezembro. O espetáculo é exibido no Teatro Anchieta - Sesc Consolação, tem classificação indicativa para maiores de 16 anos e os ingressos variam entre R$ 35 e R$ 70, podendo ser adquiridos na bilheteria ou antecipadamente pelo site do Sesc.

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