Festival de Sanremo considera isolar público em navio de cruzeiro
Medida seria tomada para evitar propagação do novo coronavírus
O diretor artístico e apresentador do Festival de Sanremo, Amadeus, afirmou nesta segunda-feira (28) que os organizadores do evento estudam a possibilidade de isolar os artistas e o público em um navio de cruzeiro para evitar a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na edição 2021.
Segundo o site Dagospia, a hipótese é colocar pelo menos 400 pessoas em quarentena no navio "Smeralda", ancorado nas águas da Ligúria, para garantir a presença do público no palco Ariston e contornar as normas sanitárias contra a Covid-19 impostas pelo governo italiano.
"Nós levamos isso absolutamente em consideração", disse Amadeus durante entrevista feita por Camilla Ghini e Nicole Iannacone na Radio Zeta.
"Sempre disse que não se pode fazer Sanremo sem audiência, Para mim é fundamental, senão não seria um renascimento, seria um Sanremo sob cobiça. É preciso se organizar bem para garantir que seja um público sob controle", acrescentou.
A ideia, em essência, envolve a criação de uma "bolha" semelhante à já feita nos Estados Unidos para permitir a conclusão do campeonato da NBA. Neste caso, porém, um navio da Costa Cruzeiros deve ser usado. O público e os artistas permaneceriam fechados e protegidos até 2 de março, data de início do Festival.
De acordo com o projeto, na hora da partida, os convidados seriam embarcados nas lanchas e acompanhados até o porto e, de lá, seguiriam de ônibus até o teatro Ariston. Durante o isolamento na embarcação, todas as pessoas seriam testadas para detectar a doença.
O festival está marcado para os dias 2 a 6 de março de 2021, um mês mais tarde do que as datas tradicionais, e terá 26 participantes, dois a mais que na edição passada, incluindo cantores de sucesso no streaming.
Conforme revelado por Amadeus, a edição 2021 do evento deve ter quatro apresentações por noite e não cinco, mas "haverá um grande espetáculo em torno das canções em competição".