Há 30 anos estreava 'Conan, O Destruidor'; veja curiosidades
Exibido em 1984, filme acumulou sucessos e fracassos, marcando época no cinema internacional
Há 30 anos chegava aos cinemas Conan, o Destruidor, sequência de Conan, o Bárbaro (1982). Estrelando o então jovem Arnold Schwarzenegger, o filme, inspirado no personagem para quadrinhos que o escritor texano Robert E. Howard criou e lançou para o público em 1932, foi um dos primeiros thrillers de ação do ator, que acabara de encerrar uma carreira bem sucedida como fisiculturista.
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Nas revistas, Howard publicou 17 capítulos entre 1932 e 1936, com destaque para O Demônio de Ferro (1934), A Cidadela Escarlate (1933) e A Rainha da Costa Negra (1934). Nas telonas, os efeitos especiais e produção, que hoje parecem quase amadores, na época foram promovidos como grandes estrelas do filme, um dos mais aclamados dos anos 1980. Lembrando seu 30º aniversário, o Terra listou algumas curiosidades sobre a produção dos três longas que estiveram nos cinemas.
Gravações foram feitas no México
As locações do filme foram concentradas no México, em diversas regiões do país, como Pachuca, o vulcão nevado extinto de Toluca e as Dunas Samalayuca, que ficam próximas de El Paso, além de ter sido usado os Estúdios Churubusco, um dos maiores da América Latina, localizado na Cidade do México.
Criador de E.T. desenhou monstro Dagoth
Carlos Rambaldi, artista italiano de efeitos especiais e visuais, mais conhecido por desenhar o personagem do filme E.T. the Extra-Terrestrial, em 1982, e também pelos efeitos visuais de Alien (1979), foi o responsável pela criação do vilão Dagoth. Em sua carreira, Rambaldi faturou dois Oscar de melhores efeitos visuais. O artista morreu em 2012.
Produção se envolveu em polêmica por abuso de animais
Conan, o Destruidor traz a cena de um camelo sendo nocauteado pelo personagem principal. Nela, as pernas do animal teriam sido puxadas por uma corda para que ele caísse. Devido à crueldade com o animal, a cena foi cortada na exibição do Reino Unido, bem como outra parecida na qual um cavalo é derrubado com um soco desferido também por Conan, na batalha inicial do filme.
Terceiro filme quase saiu
O terceiro filme da trilogia de Conan foi planejado para 1987 e se chamaria Conan the Conqueror. A direção ficaria com Guy Hamilton ou John Guillermin. Contudo, Arnold Schwarzenegger tinha sido contratado para filmar Predator, e o compromisso dele com De Laurentiis havia se encerrado em Red Sonja e Raw Deal, havendo negativa por parte do ator em renová-lo. O roteiro foi usado para o filme Kull the Conqueror (1997), com Kull substituindo Conan como o protagonista da história. O ator que interpretou Kull na ocasião foi Kevin Sorbo, mesmo de Hércules e George, o Rei da Floresta.
Lenda do basquete estreou e se despediu dos cinemas no filme
Wilt Chamberlain, um dos nomes mais ovacionados do basquete americano, famoso por ser o único jogador a conseguir marcar 100 pontos em uma partida de NBA em todos os tempos, fez sua estreia nos cinemas em Conan, O Destruidor. Porém, a carreira não decolou, e o ex-jogador resolveu encerrar a experiência ali mesmo. Chamberlain jogou por Philadelphia Warriors, San Francisco Warriors, Philadelphia 76ers e Los Angeles Lakers, e morreu em 1999, aos 63 anos, sem ter se casado ou tido filhos.
Atores não fizeram muito sucesso nas premiações
Olivia D’Abo, responsável pela interpretação da princesa Jehnna, levou o “prêmio” de pior nova estrela pela atuação em O Destruidor no Framboesa de Ouro. A “homenagem” fez com que a carreira de Olivia fosse bastante prejudicada, e a atriz não fez nada de relevante nos anos seguintes. O último filme que participou foi Feitiço da Noite, de 1995. Na televisão, teve mais sucesso, participando de episódios de produções como Star Trek, Law & Order e The Twilight Zone.
Empolgado com sucesso, trio se lança em novo filme
A repetição do sucesso do primeiro longa, Conan, o Bárbaro (1982), fez com que Schwarzenegger, Fleischer e o produtor Dino De Laurentiis se juntassem novamente para trabalhar em Red Sonja, de 1985. A produção, no entanto, fracassou, sendo mal recebida tanto por crítica quanto por público.
Violência de Conan motivou criação de He-Man
A empresa Mattel, responsável pela produção de brinquedos em torno de Conan, desistiu de fabricá-los, pois os executivos acharam o filme muito violento e com muito apelo sexual. Mais tarde, a companhia acabou criando um personagem próprio baseado em Conan, He-Man, além de uma série de desenhos animados baseado no personagem.
Conan e Valéria mal conversam em primeiro filme
Em Conan, o Bárbaro, apesar de Conan e Valeria, interpretada por Sandahl Bergman, serem vistos juntos durante grande parte do longa, os dois trocam apenas cinco palavras durante a história, e este "diálogo" ocorre logo nos 30 primeiros segundos, quando se encontram pela primeira vez.
Sem dublês
Arnold Schwarzenegger e Sandahl Bergman também tiveram que realizar todas as suas cenas em O Bárbaro, já que os produtores não conseguiram encontrar dublês de corpo que pudessem se passar pelos dois nas cenas mais complicadas.
Sangue alcoolizado
O sangue usado em Conan, o Bárbaro é, na verdade, uma mistura concentrada com água e vodca. Antes de ser utilizado, o líquido era misturado com cuidado para ficar com textura semelhante, com adição de corante.
Estrela de seriado foi personagem principal em remake
Jason Momoa, o Khal Drogo de Game of Thrones, que participou de três temporadas do seriado Baywatch, foi o responsável pela interpretação de Conan no remake de Conan, o Bárbaro, lançado nos cinemas, com formato em 3D, em 2011.
Carreira promissora de atriz foi por água abaixo
Grace Jones, que interpreta Zula em O Destruidor, não teve sucesso em sua carreira como atriz. Após o longa, participou de apenas outras três produções, com destaque para 007 – Na Mira dos Assassinos, de 1985. Decidiu, então, seguir carreira na música. Seu último CD, Hurricane, foi lançado em 2008.
Diretor de O Destruidor estava em fim de carreira
Apesar de uma carreira de sucesso, Richard Fleischer, diretor de Conan, o Destruidor, que morreu em 2006, só esteve envolvido em mais três filmes após dirigir Arnold Schwarzenegger em 84: Red Sonja (1985), com o mesmo Schwarzenegger, Million Dollar Mistery (1987) e Call from Space (1989).