Leonardo Miggiorin encara transformação nos palcos com monólogo: 'Personagens que escolhem a gente'
Em entrevista à CARAS Brasil, o ator Leonardo Miggiorin dá mais detalhes do primeiro monólogo na carreira e abre o jogo sobre amadurecimento
Leonardo Miggiorin (43) está de volta aos palcos com o espetáculo Não se Mate, esse é o primeiro monólogo de sua carreira. Com um pouco mais de vinte anos dedicados à arte, o ator encarna transformação nos palcos nesse novo projeto. Em entrevista à CARAS Brasil, ele dá mais detalhes da peça e abraça amadurecimento: "Personagens que escolhem a gente".
O ator está de volta com o monólogo, Não se Mate, no Teatro Itália, com apresentação no dia 26 de abril. Leonardo revela que não tinha pretensão de fazer um monólogo, mas foi 'escolhido' pela peça, por conta do enredo.
"É um espetáculo muito bonito, o Giovani Tozi escreveu e me chamou para fazer, eu não pretendia fazer um solo agora, mas o personagem é tão minha cara, dizem que são os personagens que escolhem a gente, e eu quase não tive escapatória. Eu relutei, porque fiquei com medo de voltar para o Rio de Janeiro com uma peça sozinho em cena, mas está sendo uma oportunidade para me reconectar", declara.
Leonardo menciona que tem muito respeito pela sua profissão e é um apaixonado por fazer peças de teatro. Mesmo com tanta paixão, o ator confessa que ficou bastante apreensivo para fazer seu primeiro monólogo na carreira.
"O teatro sempre foi para mim: a minha casa, minha religião! Me exige disciplina, eu preciso sempre me transformar para fazer um personagem. Isso que é bonito do teatro, um processo de transformação. Eu passei mal de ansiedade nesse começo de ensaio, quase uma crise de pânico. Isso tudo me causou muita insegurança, mas justamente o teatro, ensaios, diretor, a troca, tudo isso foi me fazendo enxergar a oportunidade", confessa.
'ESTAR NO TEATRO ATÉ O FIM!'
Leonardo Miggiorin começou sua carreira muito jovem, com 16 anos ele foi um dos destaques da série Flora Encantada. O ator reforça que não tem problemas em envelhecer nos palcos, pelo contrário, essa passou a ser sua meta de vida e analisa sua trajetória.
"Tudo mudou, o mundo inteiro mudou. Eu enxergava menos problemas e desafios da profissão, era só um adolescente apaixonado. Hoje sou um cara de meia-idade que já vivi muita coisa e experimentei muita coisa. Estou muito ligado em levar a minha carreira adiante, exige mais autonomia. O Leonardo de hoje é mais calejado, menos inocente, hoje eu sou mais responsável pela minha trajetória", avalia.
"Uma referência para mim é o Othon Bastos, ele está no teatro fazendo 'Eu não me entrego não' com 90 anos. Essa é minha meta de vida, passou a ser meu grande objetivo estar no teatro até o fim! É interessante que o público vai acompanhando nosso amadurecimento, nossas crises, desafios ao longo da vida. Eu acho que quando o ator entra em cena, o público quer ver sua superação", complementa.
Além de ator, Léo Miggiorin também é psicólogo e compartilha que esse novo projeto vai de encontro com diversos ideais que tem, sendo uma junção de suas grandes paixões e profissões. A peça fala sobre crises e superação.
"Tem temas nessa peça que são muito caros e relevantes para mim. A questão da saúde mental, que eu desenvolvo ao longo de muitos anos na minha formação. Arte e psicologia sempre estiveram na minha vida e essa peça é emblemática na minha vida, porque reúne as minhas paixões. É a arte como uma ferramenta para cura", finaliza.
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