Mostra homenageia 'Castelo Rá-Tim-Bum'; veja curiosidades
Exposição no MIS, em São Paulo, comemora 20 anos do primeiro episódio do programa, um dos maiores sucessos da TV nos anos 1990
Nesta quarta-feira (16), estreia no MIS – Museu da Imagem e Som –, em São Paulo, a mostra Castelo Rá-Tim-Bum – A Exposição, que presta uma homenagem ao programa de maior sucesso da TV Cultura, que completa 20 anos do início de sua veiculação em 2014.
Siga Terra Diversão no Twitter
A exposição ocupa o primeiro e o segundo andar do museu, entre 16 de julho e 12 de outubro, e traz uma reconstituição dos ambientes do Castelo, com vídeos, fotos e adereços originais do estúdio, totalmente reformados para fazerem parte da mostra.
Na ala dos ambientes, os visitantes terão a chance de “entrar” no Castelo, com mais de dez cenários do seriado recriados especialmente para a exposição. Já na ala dos acervos e documentos do programa, entrevistas com os principais atores, figurinos dos personagens e a reprodução de alguns dos trechos mais marcantes de episódios do programa.
Transmitido pela TV Cultura entre 1994 e 1997, Castelo Rá-Tim-Bum é a produção de maior sucesso do canal, atingindo 12 pontos de ibope em média. Além de ter marcado a geração dos anos 1990, o programa foi o pontapé inicial para o sucesso de grandes profissionais das telinhas, como Marcelo Tas, Pascoal da Conceição e Luciano Amaral. A seguir, veja algumas curiosidades sobre a produção e realização do seriado.Equipe reforçada – A produção de Castelo Rá-Tim-Bum envolveu 250 profissionais, entre responsáveis por trilha sonora, cenários, filmagens e figurinos.
Audiência recorde – O já citado índice de 12 pontos de média no ibope para o programa é até hoje um recorde na Cultura, que jamais alcançou a marca em nenhuma de suas produções, seja em programas de auditório, mesa redonda, ou em seriados infantis, como Mundo da Lua, Rá-Tim-Bum e X-Tudo.
Super biblioteca – A Biblioteca do Castelo possuía cerca de seis mil livros, sendo três mil deles doados pela editora Círculo do Livro, que já não existe mais. Os títulos doados foram “divididos” pela produção, cada um deles acabava sendo “transformado” em dois, três livros. A equipe ainda produziu peças de isopor revestidas de tecido para completar o volume do cenário.
Caipora era caminho mais “simples” – A ideia inicial era que o personagem Caipora, vivido por Patrícia Gasppar, fosse um Curupira. Os criadores do programa mudaram de ideia porque seria, obviamente, muito difícil mostrar os pés invertidos durante as aparições do personagem, ainda mais com a tecnologia disponibilizada pelo canal à equipe na época.
A morte de Wagner Bello – Quando o ator Wagner Bello, que interpretava o simpático Etevaldo, morreu, ainda faltava gravar o último episódio do programa. A atriz Siomara Schroder, que era amiga de Bello, entrou no último episódio como Etcetera, irmã do alienígena. O episódio terminou com uma explicação sobre a ausência do ET: “ele está brincando nas estrelas”. Bello faleceu devido a complicações causadas pelo vírus da Aids.
Para interpretar Biba, Cinthya Rachel fugiu de outro programa – Na época com 14 anos, Cinthya Rachel trabalhava no programa O Professor, também da Cultura, quando foi convidada para fazer um teste para o trabalho em Castelo, enquanto almoçava na lanchonete na emissora. Animada, a atriz não teve permissão do diretor de O Professor para tentar o papel, mas resolveu “fugir” do set e ir do mesmo jeito.
Inspiração para Nino veio de programa “irmão” – A criação do perfil psicológico de Nino foi inspirada na personagem Nina, de Rá-Tim-Bum, também da Cultura. O figurino do sobrinho de Victor e Morgana foi pensado como uma típica roupa de inverno europeu do século XV, com calça e coletes.
Dr. Abobrinha por acaso – Pascoal da Conceição virou o Dr. Abobrinha em uma situação bastante casual: dando carona a um ator que comentou com ele sobre o teste. Mesmo pouco esperançoso, Pascoal decidiu tentar. O ator estava com os cabelos raspados por causa de uma peça que participava na época e a produção do programa, então, pediu que ele permanecesse careca, pois era mais fácil usar as perucas dos inúmeros disfarces do impostor.