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Netflix aposta em conteúdo próprio e tira filmes de catálogo

Medida foi adotada nos Estados Unidos após a empresa não renovar contrato com distribuidora

1 set 2015 - 09h11
(atualizado às 17h50)
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Foto: iStock

Milhares de filmes serão removidos do Netflix nos Estados Unidos depois que o serviço de streaming decidiu não renovar um acordo com a distribuidora Epix. Entre os filmes que serão removidos estão Jogos Vorazes  e Transformers.

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O Netflix, que tem mais de 60 milhões de assinantes no mundo, afirmou que queria focar em conteúdo exclusivo.

O Hulu, concorrente do Netflix, vai ficar com o catálogo da Epix. "Nosso assinantes tem pedido mais filmes e, mais recentemente, filmes maiores", diz o Hulu.

"Nós ouvimos. Por meio desse acordo com a Epix, com orgulho oferecemos agora uma enorme seleção dos maiores blockbusters e filmes premium."

O acordo com Netflix com a Epix, avaliado em US$ 1 bilhões (cerca de R$ 3,6 bi), vai até o final de setembro, quando os filmes irão desaparecer do catálogo do serviço.

O chefe de conteúdo do Netflix, Ted Sarandos, afirmou que "apesar de muitos desses filmes serem populares, eles também estão disponíveis na TV à cabo e outras plataformas por assinatura, sujeitos aos mesmos longos períodos de licença".

Sarandos disse que o Netflilx aposta em diversas produções exclusivas que serão lançadas em breve, entre elas, novos trabalhos de Ricky Gervais, Idris Elba e Adam Sandler, e um documentário sobre o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards.

Filme 'Jogos Vorazes' será retirado do catálogo do Netflix nos Estados Unidos
Filme 'Jogos Vorazes' será retirado do catálogo do Netflix nos Estados Unidos
Foto: IMDB / Reprodução

Decisão de Dados

À medida que a competição entre serviços de vídeo por demanda se intensificam, a decisão do Netflix pode parecer um passo inusitado. Mas o analista Jim Nail diz acreditar que a empresa está fazendo uma aposta calculada.

"O Netflix é uma empresa muito esperta com dados", disse ele à BBC. "Eles não tomaram essa decisão sem ver quantas pessoas estavam assistindo esses filmes."

Ele disse que o Netflix estava se posicionando como um serviço de luxo, com oferta de alta qualidade em vez de quantidade. "Eles não estão tentando agradar todo mundo. Estão agradando as pessoas que querem conteúdo premium. E isso não significa os EUA inteiro", diz.

Globalmente, o Netflix enfrenta disputas semelhantes. No Reino Unido, seu catálogo de filmes, que é diferente do dos EUA, está ameaçado devido a acordos entre distribuidoras e o conglomerado de mídia Sky, que tem seu próprio serviço de oferta sob demanda, o Now TV.

Disputa

Além de assinar acordos para distribuição de conteúdo, serviços de oferta de vídeo sob demanda também estão investindo pesado em criar conteúdo original.

A plataforma é vista por parte da indústria como uma boa alternativa a processos de contratação e prioridades dos estúdios e TVs a cabos estabelecidas.

A abordagem está rendendo dividendos. Na premiação do Emmy deste ano, o Netflix obteve 34 indicações, enquanto a Amazon teve 12.

O Yahoo, um concorrente menor, recebeu uma indicação por Community, comédia que tinha sido cancelada pela rede americana NBC.

Segundo Nail, o alcance e sucesso da programação dos serviços sob demanda e a decisão do Netflix mostram que nenhuma empresa poderá dominar o mercado.

"O Netflix está pensando sobre o papel que quer ter no consumo de vídeos de seu público, em vez de pensar que ele podem monopolizar o consumo de vídeos. Acho que estão fazendo uma aposta - e eles já fizeram apostas calculadas no passado."

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