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Paulo Ricardo Campos leva raízes brasileiras para o exterior: 'Bem aceito'

Em entrevista à CARAS Brasil, o artista Paulo Ricardo Campos fala sobre reconhecimento internacional e impacto da arte em sua vida pessoal

29 jan 2025 - 11h31
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O artista plástico Paulo Ricardo Campos
O artista plástico Paulo Ricardo Campos
Foto: Reprodução/Instagram / Caras Brasil

Paulo Ricardo Campos (38), premiado como Artista do Ano em Londres em 2022, é um nome em crescente ascensão no cenário artístico nacional e um grande representante da cultura brasileira no meio internacional. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista plástico, recentemente convidado para integrar a HAG, a primeira Home Art Gallery do Brasil, fala sobre levar raízes brasileiras para o exterior: "Bem aceito", revela.

De Goiás ao cenário internacional

Natural de Itumbiara, interior de Goiás, Paulo Ricardo é filho mais velho de três irmãos e encontrou na pintura sua maior aliada em meio às dificuldades. Aos 17 anos, após a falência do negócio da família, ele assumiu a responsabilidade de sustentar a casa e iniciou a jornada que ressignificou sua vida.

"Minha arte nasceu de uma necessidade. Ela transformou minha dor em inspiração e me mostrou que somos capazes de criar algo grandioso a partir de momentos difíceis. Cada reconhecimento válida o meu esforço de viver de arte", compartilha o artista.

"Lutei muito para ajudar os meus pais enquanto eles estavam vivos, mas infelizmente eles foram assassinados antes da minha ascensão como artista. Por conta disso, durante um tempo pensei em desistir não só da carreira, como de mim mesmo. Mas eles não se orgulhariam, então decidi continuar minha luta como artista por mim mesmo e pelos meus irmãos".

Hoje, com uma carreira internacional consolidada, Paulo é reconhecido por sua abordagem única, que une ancestralidade, espiritualidade e tecnologia. Em 2022, ele foi laureado com o prêmio de Artista do Ano no Top Of Mind Awards em Londres, onde apresentou ao vivo a finalização do quadro The Queen, um retrato póstumo da Rainha Elizabeth II.

A finalização de The Queen durante o evento em Londres foi um momento marcante para Paulo. "Com exato um mês do falecimento da Rainha Elizabeth II, pintei ao vivo no Top Of Mind Awards. A parte mais desafiadora foi conter a emoção do público e a minha. Fazer a imagem dela ganhar vida diante de todos foi sublime, a 'pincelada da alma' que dá vida à arte", relembra.

A obra, posteriormente leiloada, teve o valor arrecadado doado à instituição Fraternidade sem Fronteiras, que apoia pessoas em vulnerabilidade no continente africano. Para Paulo, filantropia e arte estão profundamente conectadas: "Enquanto xamânico, eu aprendo muito com a natureza. O sol não brilha pra ele mesmo, as árvores não dão frutos pra elas mesmas, o rio não bebe da sua própria água. A natureza me ensinou que nossa existência é em favor do outro".

Conexão espiritual e ancestral

O artista conta que, durante suas criações, é frequentemente inspirado por suas raízes indígenas e por processos xamânicos, com a certeza de que a arte é um instrumento de cura e autoconhecimento. "Acredito o que divino habita em nós, que fazemos parte de um todo. Então a natureza, a terra e principalmente o céu e as estrelas são grandes referências para expor toda a grandiosidade do universo em forma de arte", explica.

Durante experiências com medicinas da floresta, Paulo encontrou a motivação para transmitir sua visão sobre a eternidade da consciência e a grandiosidade do universo. "Nossa consciência é eterna e a centelha divina está acesa em nós. Minha arte é um reflexo da nossa espiritualidade", diz e acrescenta sobre como enxerga seu trabalho:

"A arte sempre foi um instrumento de autoconhecimento pessoal e pra outras gerações conhecerem determinado período na história. A conexão com a arte é profunda e transformadora, na maioria das minhas entregas os clientes se emocionam e choram e no xamanismo o choro significa cura. Então, não só a minha, mas como a arte num todo, é capaz de nos conectar com nossa verdadeira essência e nos curar".

Tecnologia na arte

A inovação tecnológica também é um pilar do artista que já recebeu prêmios como o Pierre-Auguste Renoir pelo avanço artístico e cultural, além de quatro títulos de Imortalidade Acadêmica, sendo um deles da Academia de Letras da França.

Atualmente, Paulo utiliza tokens de autenticidade emitidos pela blockchain inglesa Ruach Token, o que, como ele explica, garante a originalidade de suas obras. "Isso reflete não apenas a segurança e inovação tecnológica, mas também uma conexão profunda com o futuro da arte e a garantia de sua originalidade", comenta.

"Além disso, tenho me dedicado a explorar a expansão do meu trabalho para outros planos espaciais, investigando como as novas tecnologias podem romper as barreiras tradicionais de exibição e possibilitar formas inovadoras de interação com o público. A ideia é ir além dos projetos ortodoxos de expografia e repensar como a arte é apreciada", declara.

Projetos futuros

Com planos de uma exposição individual em Londres e outra no Brasil, em um Palácio Modernista, Paulo continua explorando novas formas de interação artística. "Quero ir além dos projetos tradicionais, criando experiências inovadoras e acessíveis ao público", adianta.

Ele também celebra a oportunidade de fazer parte da HAG (Home Art Gallery), a primeira galeria do tipo no Brasil. "Criar obras em um espaço que respira arte será uma experiência inédita para mim. Tenho certeza de que isso impactará minhas novas criações de forma muito positiva", afirma.

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