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Petição quer reabertura de inquérito sobre morte de Pasolini

Cineasta italiano foi assassinado em 1975

17 jan 2023 - 09h00
(atualizado às 09h03)
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Um abaixo-assinado online pede a reabertura do inquérito sobre o homicídio do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini, ocorrido em 1975.

Pier Paolo Pasolini teria sido morto ao tentar recuperar gravações
Pier Paolo Pasolini teria sido morto ao tentar recuperar gravações
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A petição foi lançada pelo advogado Stefano Maccioni, o mesmo que fez o Ministério Público reiniciar as investigações em 2009, e se baseia em um depoimento dado em dezembro passado à Comissão Parlamentar Antimáfia por Maurizio Abbatino, ex-integrante da Banda della Magliana, organização já extinta e que mantinha laços com a máfia e a extrema direita italiana.

De acordo com um relatório divulgado pelo comitê, a morte de Pasolini pode estar ligada ao furto das versões originais de algumas cenas do seu filme "Salò ou os 120 Dias de Sodoma", que ainda estava em produção e foi lançado poucas semanas depois do assassinato.

Segundo o documento, o cineasta havia viajado a Ostia, no litoral de Roma e local de sua morte, justamente para tentar recuperar as gravações. Em seu depoimento à Comissão Parlamentar Antimáfia, Abbatino confessou ter furtado as gravações.

"Por esse motivo, apelamos para que, 47 anos depois do homicídio, a magistratura determine a reabertura das investigações para se chegar à verdade. Queremos saber como, por que e por quem Piero Paolo Pasolini foi assassinado", disse Maccioni.

O único condenado pelo assassinato foi o ex-garoto de programa Giuseppe "Pino" Pelosi, morto em julho de 2017. Menor de idade na época do crime, Pelosi disse inicialmente que matou o cineasta durante um encontro sexual frustrado, porém ele mudaria sua versão décadas mais tarde, afirmando que o intelectual foi assassinado por outras três pessoas. No entanto, Pelosi nunca deu nenhuma pista que permitisse a identificação dos supostos autores.

Ansa - Brasil
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