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Pintura de mestre chinês é vendida por recorde de US$ 35 mi

5 abr 2016 - 11h50
(atualizado às 11h54)
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Uma pintura do artista chinês Zhang Daqian foi vendida por quase 35 milhões de dólares em Hong Kong nesta terça-feira, o valor mais alto já obtido por qualquer uma de suas obras, enfatizando a grande procura por arte chinesa de qualidade apesar do desaquecimento geral do mercado.

Pintura do artista chinês Zhang Daqian "Peach Blossom Spring" exibida em Hong Kong.
Pintura do artista chinês Zhang Daqian "Peach Blossom Spring" exibida em Hong Kong.
Foto: Bobby Yip / Reuters

"Peach Blossom Spring", pintura de dois metros de altura em forma de papiro, obteve mais que o triplo de seu preço estimado em um leilão de primavera da casa Sotheby's, sendo arrematada por 34,91 milhões de dólares, incluindo a taxa paga pelo comprador à casa de leilões.

Kevin Ching, executivo-chefe da Sotheby's da Ásia, disse que o trabalho de 1982 é monumental e merece a avaliação que recebeu.

"As cores são absolutamente vibrantes, e... provavelmente (é) uma das duas ou três obras mais importantes disponíveis hoje em mão de particulares", disse Ching a repórteres.

Os interessados se envolveram em uma verdadeira batalha no salão lotado antes do martelo ser batido após 50 minutos tensos, o que fez deste um dos leilões mais demorados da Sotheby's nos últimos anos. Trata-se também da pintura chinesa mais cara já vendida na Sotheby's de Hong Kong.

O lance vencedor foi dado pelo Museu Long de Xangai, fundado pelo magnata chinês Liu Yiqian e sua esposa, Wang Wei, e que nos últimos anos adquiriram algumas das obras de arte chinesas e ocidentais mais caras do mundo, como o "Nu deitado" de Modigliani, de 1917, por 170,4 milhões de dólares.

Zhang Daqian (1899-1983) é considerado por muitos como um dos grandes nomes da pintura chinesa, e teve uma carreira prolífica que incluiu passagens por Argentina, Brasil, Califórnia e Taiwan.

A venda da paisagem impressionista de pessegueiros e gigantescas montanhas de turquesa com uma inscrição poética ocorreu em um momento de baixa na venda de obras de arte devido ao crescimento lento da China, a segunda maior economia do mundo, e da maior seletividade dos compradores.

A venda global de obras de arte diminuiu sete por cento em 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou em 63,8 bilhões de dólares, e as vendas de arte na China caíram 23 por cento no mesmo período, de acordo com o Relatório do Mercado de Arte da Tefaf, uma das maiores feiras de arte do mundo.   

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