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Pirâmides de Gizé foram construídas graças a afluente do Nilo

Especialistas traçaram intensa variação fluvial há 8 mil anos

29 ago 2022 - 16h11
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Um novo estudo mostra que a construção do complexo das Pirâmides de Gizé, no Egito, foi possível graças a existência de um antigo afluente do rio Nilo, que hoje é inexistente, e que facilitou o transporte dos materiais necessários para a obra.

    A constatação, que já era motivo de especulação constante dos egiptólogos, foi publicada nesta segunda-feira (29) na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e é fruto de um trabalho de um grupo de pesquisadores guiados pelo Centro Europeu de Pesquisa e Ensino de Geociências Ambientais (Cerege), na França.

    Os especialistas, liderados por Hader Sheisha, estudaram antigos grãos de pólen encontrados no local e que permitiram a análise precisa da variação dos níveis de água dessa área do Egito por mais de oito mil anos, incluindo a época em que se estima que o complexo de pirâmides foi construído, entre 2.686 a.C. e 2.160 a.C..

    O estudo mostrou que, durante esse período, o rio no local ainda era navegável.

    Extraindo o grão de pólen de núcleos de terra retirados do que já foi área alagada do Nilo, eles conseguiram reconstruir a tipologia da vegetação presente em cada época e que revelou os níveis de alta e baixa das águas ocorridas ao longo do tempo.

    Os dados apontaram que esse nível aumentou muito durante o chamado Período Úmido Africano (AHP), entre 14.800 e 5.500 anos atrás, e que transformou o solo seco de parte do deserto do Saara em um local com gramíneas, árvores e lagos. Essa alteração foi provada, conforme o grupo, por conta de variações da órbita da Terra em relação ao Sol.

    Sucessivamente, o braço desaparecido do Nilo voltou a diminuir, mas se manteve navegável ainda por muito tempo, permitindo o transporte regular de mercadorias e tornando possível a construção das pirâmides - já que muitos dos materiais da obra vinham de outros pontos distantes do antigo Egito.

    Os autores do estudo apontam ainda que a descoberta abre "uma importante janela" sobre as condições ambientais que favoreceram a construção de monumentos faraônicos, como o complexo funerário.

    As três pirâmides - de Quéops, Quéfren e Miquerinos - são uma das sete maravilhas do mundo antigo e patrimônio da humanidade Unesco desde 1979. O complexo está localizado na antiga cidade de Gizé, a cerca de 20 quilômetros do atual centro do Cairo. O local ainda abriga a Grande Esfinge de Gizé. .

Ansa - Brasil   
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