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Restaurador da Capela Sistina morre aos 92 anos na Itália

29 mar 2021 - 15h29
(atualizado às 17h41)
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O italiano Gianluigi Colalucci, responsável pela restauração da Capela Sistina entre 1980 e 1994, morreu, aos 92 anos, em Roma, segundo comunicado divulgado hoje (29) pelos Museus do Vaticano.

Capela Sistina nos Museus do Vaticano
Capela Sistina nos Museus do Vaticano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O restaurador de arte faleceu na noite deste domingo (28). A causa da morte não foi revelada, mas Colalucci estava doente há algum tempo. A diretora dos Museus do Vaticano, Barbara Jatta, revelou, inclusive, que há poucos dias o encontrou em uma cadeira de rodas acompanhado de sua esposa, Daniela.

"Sempre o chamamos para confirmar o procedimento de muitas intervenções importantes, como a realizada no Salão de Constantino, onde já visitou várias vezes, inclusive recentemente, para dar conselhos", contou ela.

Em uma publicação no Instagram, a equipe dos Museus do Vaticano confirmou o óbito. "Foi ele quem dirigiu os trabalhos de restauro dos afrescos de Michelangelo na Capela Sistina, considerada por muitos como a restauração do século".

Colalucci foi diretor da equipe que, ao longo de 14 anos, debruçou-se sobre os mais célebres afrescos da humanidade, obra máxima do Renascimento, pintados por Michelangelo (1475-1564), entre 1508 e 1541.

A restauração histórica permitiu a limpeza da obra mais significativa do famoso artista italiano, como a retirada das camadas de fumaça, sujeira e cera que século após século acabaram obscurecendo as cores magníficas dos afrescos.

A longa e complexa restauração permitiu reaplicar as partes destacadas do pigmento e lavar a tinta escurecida com solventes e água destilada para realçar o brilho das cores das obras.

"Tive muito apreço por Colalucci, conheci-o ainda antes de se tornar famoso pela restauração da Capela Sistina, obra para a qual se encontrava no centro de grande polêmica", lembrou Claudio Strinati, historiador de arte italiana.

De acordo com os Museus do Papa, foi graças "à sua coragem e talento que hoje as cores da abóbada de Michelangelo e do Juízo Final aparecem em todo o seu esplendor deslumbrante".

"É um dia triste para os Museus do Vaticano e para o mundo da restauração. Um grande homem, um grande profissional, um dos maiores restauradores do século passado nos deixou", finalizou Jatta.

Ansa - Brasil
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