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Sul-coreana Han Kang vence Nobel de Literatura

Autora de 'A vegetariana' foi laureada por intensa prosa poética

10 out 2024 - 08h38
(atualizado às 09h24)
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Sul-coreana Han Kang vence Nobel de Literatura
Sul-coreana Han Kang vence Nobel de Literatura
Foto: Getty Images

A escritora sul-coreana Han Kang, autora de livros como A vegetariana, conquistou nesta quinta-feira, 10, o Prêmio Nobel de Literatura em 2024. De acordo com a Academia Sueca, a romancista foi escolhida devido à sua "intensa prosa poética, que enfrenta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana".

"Ela tem uma consciência única das conexões entre corpo e alma, os vivos e os mortos, e, com seu estilo poético e experimental, tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea", ressaltou a instituição.

Filha do escritor Han Seung-won, Han Kang nasceu em 1970, em Gwangju, e se mudou para a capital da Coreia do Sul, Seul, aos nove anos de idade.

Além da escrita, sempre se dedicou às artes e à música, o que, segundo a Academia Sueca, se refletiu "em toda a sua produção literária".

A carreira de Han Kang começou em 1993, com a publicação de poemas em uma revista sul-coreana, mas a estreia na prosa foi em 1995, com uma coleção de contos.

Seu maior sucesso, A vegetariana, seria lançado em 2007, mas explodiria no mundo apenas na década seguinte, com uma história sobre as consequências violentas desencadeadas após a protagonista Yeong-hye se recusar a comer carne, comportamento rejeitado tanto pelo marido quanto pelo pai autoritário.

Sul-coreana Han Kang vence Nobel de Literatura
Sul-coreana Han Kang vence Nobel de Literatura
Foto: Getty Images

A personagem é internada em uma clínica psiquiátrica, onde sua irmã tenta trazê-la de volta a uma vida "normal". No entanto, Yeong-hye afunda cada vez mais em uma condição semelhante à psicose.

Além de A vegetariana, Han Kang também teve publicados no Brasil os volumes Atos humanos e O livro branco, todos pela editora Todavia.

O primeiro parte de um massacre contra estudantes em Gwangju em 1980 para dar voz às vítimas, sempre com um estilo "tão visionário quanto sucinto", de acordo com a Academia Sueca, enquanto o segundo é uma narrativa sobre o luto de uma narradora repentinamente tomada pela lembrança da irmã morta ainda recém-nascida.

A obra é construída em uma sequência de notas curtas, todas relativas a objetos brancos, cor que remete ao luto em algumas culturas orientais. .

Ansa - Brasil
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