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Topless de protesto de cantora chilena Mon Laferte revoluciona tapete vermelho do Grammy

Artista aproveitou a premiação para chamar atenção internacional para a situação do Chile, imerso em uma de suas maiores crises sociais desde a retomada da democracia em 1990.

15 nov 2019 - 07h26
(atualizado às 09h11)
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Mon Laferte aproveitou a passagem pelo tapete vermelho para denunciar os abusos cometidos no Chile
Mon Laferte aproveitou a passagem pelo tapete vermelho para denunciar os abusos cometidos no Chile
Foto: AFP / BBC News Brasil

A cantora chilena Mon Laferte se tornou uma das protagonistas da 20ª edição do Grammy Latino, celebrado na noite de quinta-feira em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Em sua passagem pelo tapete vermelho, ela protestou com os seios à mostra contra a repressão de manifestantes no Chile.

"No Chile, eles torturam, estupram e matam", estava escrito em espanhol no colo da artista.

A cantora estava de preto e, ao caminhar diante dos fotógrafos, abriu a parte de cima da roupa e ficou seminua com um lenço verde no pescoço, acessório que virou símbolo do movimento em favor da legalização do aborto.

Mon Laferte permaneceu impávida diante dos jornalistas, que tiveram tempo de fotografá-la e de gravar vídeos sem que ninguém se metesse entre a artista e as câmeras.

A manifestação repercutiu nas redes sociais, rendendo à cantora elogios como "valente, poderosa, grandiosa e exemplo de coragem".

"Para o Chile"

A cantora e compositora chilena de 36 anos aproveitou a plataforma do Grammy Latino para chamar atenção internacional para a situação do Chile, imerso em uma de suas maiores crises sociais desde a retomada da democracia em 1990.

Mon Laferte dedicou o prêmio de melhor álbum de música alternativa ao Chile e recitou versos em homenagem ao país
Mon Laferte dedicou o prêmio de melhor álbum de música alternativa ao Chile e recitou versos em homenagem ao país
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Antes de sua passagem pelo tapete vermelho, Mon Laferte recebeu o Grammy Latino de melhor álbum de música alternativa por 'Norma' na chamada pré-gala.

Em seu discurso de agradecimento, a artista pediu justiça ao Chile e reivindicou a luta dos jovens no país, que enfrenta uma onda de manifestações há mais de um mês contra a desigualdade social.

"Esse (prêmio) é para o Chile", declarou Mon Laferte no palco do MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.

"E quero ler uma décima (estrofe de 10 versos) que uma companheira, a cantora chilena La Chinganera, me pediu, em decorrência do que está acontecendo no meu país, o Chile", acrescentou.

"Chile, você me machucou por dentro, me sangra por todas as veias, me pesa cada corrente que te aprisiona até o centro. Chile afora, Chile adentro. Chile ao som da injustiça, da bota da milícia, da bala que não escuta. Não vão parar nossa luta, até que seja feita justiça", recitou.

A pré-gala do Grammy Latino é uma cerimônia que não é televisionada, na qual todos os anos são entregues a grande maioria dos prêmios da Academia Latina da Gravação.

Ela acontece pouco antes da cerimônia principal do Grammy Latino, em que são distribuídos os prêmios de maior destaque e que conta com a apresentação de grandes estrelas. Essa cerimônia, sim, é televisionada.

A 20ª edição do Grammy Latino homenageou o cantor colombiano Juanes como "personalidade do ano".

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