Alemães criam memorial do Holocausto perto da casa de Bjoern
Um grupo de artistas politizados da Alemanha disse na quarta-feira (22) que construiu uma versão simplificada do memorial do Holocausto de Berlim perto da casa de um político de extrema-direita que causou revolta ao insinuar que os livros de história deveriam se concentrar mais nas vítimas alemãs da Segunda Guerra Mundial.
Hoecke, membro graduado do partido anti-imigrante Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), criticou o memorial de Berlim em janeiro, dizendo: "Os alemães são o único povo do mundo que planta um monumento à vergonha no coração da capital".
O Centro para a Beleza Política, um grupo de artistas sediado em Berlim, transmitiu ao vivo o trabalho de construção de uma réplica do memorial perto da residência do político, situada em um pequeno vilarejo da Turíngia, Estado do leste do país.
O memorial original tem 2.711 lajes de concreto de alturas variadas, arranjadas no formato de uma grade, que servem como um lembrete sóbrio dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas.
O grupo disse ter arrecadado um terço dos 28 mil euros necessários para manter a obra na vizinhança de Hoecke até o final de 2019 e ter se oferecido para retirar o memorial se Hoecke se ajoelhar diante dele e pedir perdão sinceramente.
O político do AfD defendeu seu discurso e negou ter criticado o memorial. Ele disse ter deixado claro em seus comentários que o Holocausto foi uma desgraça e que a Alemanha tem um monumento dedicado a ele.
Hoecke não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a réplica do memorial.